Centro Pedagógico recebe feira de colégios de aplicação e escolas técnicas
Mais de 180 trabalhos de 10 estados brasileiros estão expostos
![Raphaella Dias Os trabalhos expostos na FEBRAT vão da educação infantil ao ensino técnico](https://ufmg.br/thumbor/lf_y1PcSVENCEFlBZkMGu4jLP8s=/0x0:3000x2000/3000x2000/https://ufmg.br/storage/8/6/1/3/86139ed0ba19e189e99857e1ff9c56d4_1571836585495_1108508996.jpg)
O Centro Pedagógico da UFMG recebe, até a tarde desta quarta-feira, 23, a Feira Brasileira dos Colégios de Aplicação e Escolas Técnicas (Febrat). Em sua sétima edição, a mostra de trabalhos científicos desenvolvidos por estudantes da educação básica e da educação profissional e tecnológica reúne 189 projetos de dez estados brasileiros e um do Equador.
Projetos que abordam temas como ecologia e sustentabilidade se destacam no universo em exposição. O trabalho Aproveitamento do lixo eletrônico como ferramenta na promoção da aprendizagem, apresentados pelos estudantes Stanley Abrão e Thais Moreira de Bom Jesus do Amparo (MG), transformou materiais descartáveis em brinquedos como carrinhos automatizados e fomentou entre os alunos a discussão sobre o destino dado ao lixo e sobre o impacto no meio ambiente. “De acordo com pesquisas, apenas 20% do lixo eletrônico mundial é descartado e reciclado corretamente; os outros 80% são lançados na natureza”, lembrou Stanley. “O lixo eletrônico libera substâncias químicas que infectam a terra e atingem os lençóis freáticos, contaminando a água", explicou Thaís.
![Raphaella Dias Thais Moreira e Stanley Abrão: reaproveitamento do lixo eletrônico e educação ambiental](https://ufmg.br/thumbor/kTH7h2kLkFrCauFoNhwz-mraeO0=/0x0:3000x2000/3000x2000/https://ufmg.br/storage/c/c/5/b/cc5b5b5591846c387bc1876c0c890ee3_15718364186398_1141883480.jpg)
O descarte consciente também foi trabalhado por turmas da educação infantil. Grupo da Umei Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, produziu um painel com materiais que iriam para o lixo. A professora Miramar Araújo, que acompanhava as crianças, disse que o trabalho foi uma forma de integrar a sala de aula à realidade da comunidade externa, já que a Umei recebe, em boa parte, filhos dos trabalhadores da Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável (Asmare) da região. O aprendizado, segundo ela, foi além da reciclagem como forma de gestão do lixo e passou pelo papel social da prática nos entornos da escola.
![O aplicativo Pioneiras Brasileiras quer trazer à tona as mulheres que mudaram o Brasil mas que são ignoradas na história oficial](https://ufmg.br/thumbor/E_ZT2OcpJuMGZ-V7woXGRmYyKsI=/0x0:3000x2000/3000x2000/https://ufmg.br/storage/d/0/6/f/d06f420698b45d2bb0d008049eb828de_15718367122517_345762224.jpg)
Raphaella Dias
As pioneiras
Temas menos associados à ecologia também são destaque na feira. História, literatura, feminismo, comunicação e filosofia são alguns dos tópicos que despertaram o interesse dos jovens. As estudantes Mikaele Duarte e Vitória Bispo levaram de Contagem (MG) o projeto Pioneiras brasileiras, que busca lançar luz sobre as mulheres invisíveis da história oficial do Brasil. O aplicativo relata desde a trajetória de mulheres indígenas e africanas que lutaram contra o próprio extermínio e a escravização até figuras mais contemporâneas, dos séculos 20 e 21, como a cientista, política e ativista Bertha Lutz. O produto final, a ser lançado no Dia Internacional da Mulher em 2020, é um aplicativo que espalha as histórias dessas mulheres dos troncos aos frutos de uma árvore digital.
Esses e outros trabalhos seguem expostos até o fim da tarde de hoje. A partir das 16h, a feira será encerrada com a apresentação de resultados dos trabalhos premiados. A visitação é aberta ao público, e a entrada é gratuita.
A TV UFMG acompanhou outros trabalhos apresentados durante a Febrat nesta semana. Assista ao vídeo: