Institucional

Chapa 2: somos 2, somos múltiplos

Pública e Diversa: assim é a Universidade que queremos para enfrentar os desafios que nos aguardam neste momento crítico do país

Conhecimento amplo da estrutura e dos desafios da UFMG e da conjuntura atual; sólido entendimento sobre os sistemas de ensino superior e de pesquisa, bem como de suas formas de financiamento; franco diálogo institucional – construído nos anos dedicados às diferentes esferas acadêmicas e de administração da Universidade e fora dela. Essas são as credenciais de Sandra e Alessandro para liderar a gestão da UFMG no período 2018-2022, preservando os avanços conquistados nos últimos anos e buscando, de forma responsável, o enfrentamento dos desafios e a superação dos problemas, os atuais e os que se desenham para a Universidade.

Sandra e Alessandro: prontos para enfrentar os desafios que se desenham para a Universidade
Sandra e Alessandro: prontos para enfrentar os desafios que se desenham para a Universidade Foca Lisboa/UFMG

Sandra Goulart Almeida, candidata a reitora

Professora titular da Faculdade de Letras, pesquisadora 1C do CNPq e bolsista do Programa Pesquisador Mineiro da Fapemig (2007-2017). Formada em Letras pela UFMG, com mestrado e doutorado pela Universidade da Carolina do Norte e pós-doutorado pela Universidade Columbia (EUA). Foi diretora de Relações Internacionais da UFMG, atuou na Capes e é vice-reitora da UFMG. 

Alessandro Fernandes Moreira, candidato a vice-reitor

Professor associado da Escola de Engenharia da UFMG. Graduado em Engenharia Elétrica pela UFMG, com mestrado pela mesma instituição e doutorado pela Universidade de Wisconsin-Madison (EUA). Coordena o Programa de Inovação para Educação em Engenharia (ENG200) e o convênio entre a UFMG e a Universidade da Califórnia em Berkeley, com a participação da Fiemg e do BH-TEC. É diretor da Escola de Engenharia. 

Nossas propostas, nossos ideais 

Uma UFMG Pública e Diversa é ciente de seu indispensável papel na produção, disseminação e compartilhamento de conhecimento de qualidade e de excelência para o estado e o país. Temos a firme convicção de que a Universidade pública é um agente único e insubstituível de desenvolvimento científico, tecnológico, cultural, humano e social, e um meio imprescindível para a construção de uma sociedade mais democrática, ética e justa. Na diversidade de áreas, de abordagens, de saberes, na multiplicidade de atores sociais nela presentes, na atenção à realidade social e aos vários sujeitos da diversidade, no compromisso com a transformação da sociedade é que uma Universidade traduz sua relevância, afirmando-se como um bem reconhecido pela cidade e pelo país que a abrigam.

Nosso programa, construído com base em discussões com a comunidade, está estruturado nos seguintes eixos: Políticas Acadêmicas; Internacionalização; Inovação e Empreendedorismo; Políticas para Estudantes; Gestão de Pessoas; Esporte e Lazer; Direitos Humanos e Cidadania; Planejamento, Orçamento e Gestão Administrativa; Comunicação e Informação; Editora, Periódicos e Bibliotecas; Museus, Patrimônio, Arquivos, Acervos; Hospitais  Universitários e Clínicas Escola;  Autonomia Universitária e Relações Institucionais. Conheça o programa na íntegra em https://www.ufmg.br/sandra-alessandro/programacompleto/. A seguir, destacamos algumas propostas:

Ensino, Pesquisa e Extensão

A universidade é pública quando acolhe e promove uma formação diversa. É fundamental um ensino flexível, sintonizado com as demandas da sociedade e integrado às ações de pesquisa e da extensão, de forma indissociada. Iniciativas inter e transdisciplinares, por meio de formações complementares e transversais, que prezam pela conexão entre as áreas do conhecimento, devem ser expandidas, incluindo novas temáticas e envolvendo a graduação, incluída a licenciatura, e a pós-graduação. É igualmente necessário valorizar a extensão como atividade formativa e assegurar a sua inserção nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação. Valorizar o ensino também significa valorizar a docência em seus diferentes perfis, a atuação do corpo técnico-administrativo em educação, bem como o protagonismo estudantil, criando espaços para metodologias inovadoras e inclusivas e um currículo mais flexível e interdisciplinar.

A UFMG mantém uma atividade de pós-graduação e pesquisa de excelência e de relevância nacional e internacional que visa à formação de recursos humanos nas mais diversas áreas e capazes de atuar na fronteira do conhecimento, sempre atentos às diferentes realidades do país, ao pluralismo de ideias e ao seu papel transformador. Com o objetivo de ampliar esses níveis de excelência, propomos maior apoio administrativo para todos os programas, incluindo suporte para auxiliar na elaboração do relatório Capes, na gestão dos recursos financeiros e na informatização; apoio específico à internacionalização por meio de parcerias estratégicas com grupos de pós-graduação internacionais de excelência e apoio a uma maior integração dos programas de pós-graduação, ampliando as formações transversais e multidisciplinares, e incentivando a criação de programas em áreas estratégicas para o estado e o país. É igualmente imprescindível valorizar as diferentes formas de pesquisa e de produção acadêmica de modo a contemplar a diversidade das áreas e suas especificidades, fornecendo o suporte adequado para que elas se fortaleçam. Propomos ações de apoio à pesquisa que atendam às diferentes áreas do conhecimento e fases da carreira docente, abrangendo desde o apoio a recém-contratados até a consolidação da infraestrutura de pesquisa de uso compartilhado e a articulação de redes temáticas de excelência.

Cultura

Entendemos que é necessário dar prosseguimento a uma reflexão conceitual aprofundada sobre as muitas formas de produção cultural da UFMG, articulando os vários espaços e equipamentos da instituição e integrando-os às atividades formativas de ensino, pesquisa e extensão, como produção de conhecimento. A cultura deve ser compreendida como espaço de interação com a comunidade universitária e com as cidades em que habitamos e com as quais interagimos. A cultura potencializa a interação entre os saberes produzidos na universidade e os saberes tradicionais e plurais, abrindo espaço para os saberes compartilhados, a reflexão crítica e a construção coletiva. 

Internacionalização

A política de internacionalização da UFMG deve se pautar pela qualidade e excelência das parcerias estabelecidas, acolhendo a diferença, abrigando saberes múltiplos e contribuindo para a constituição de comunidades mais multiculturais e abertas à diversidade. A internacionalização deve se basear em princípios de reciprocidade, equidade e bilateralidade das relações de cooperação, assim como das relações solidárias entre instituições, culturas e países diversos. Deve pautar-se ainda pela ampliação e diversificação das cooperações estabelecidas, mantendo as parcerias já consolidadas e procurando assentar outras ainda não solidificadas, envolvendo ativamente os centros de estudos especializados. A internacionalização deve igualmente contemplar a política de inclusão e transversalidade da instituição e as diferentes áreas de conhecimento.

Inovação e Empreendedorismo

A inovação e o empreendedorismo devem ser encarados como uma mudança de mentalidade no processo de ensino-aprendizagem dos estudantes de graduação e de pós-graduação, por meio da inclusão de atividades curriculares nos projetos pedagógicos que venham trabalhar essas habilidades, incluindo formações complementares transversais. Integrando o sistema de inovação e empreendedorismo, a UFMG deve consolidar a sua posição de referência na produção e transferência de conhecimento, conectando-se por meio dos grupos de pesquisa e de extensão e INCTs à sociedade  e ao poder público, com o suporte das fundações de apoio, a partir do estabelecimento do novo marco legal para a ciência e tecnologia.

Direitos Humanos e Cidadania

 “Somos 2, Somos Múltiplos”. Essa não é apenas uma frase de efeito, um slogan de campanha. Ela representa o que acreditamos ser a UFMG – uma instituição múltipla, complexa e diversa, na qual atuam e interagem atores sociais e sujeitos diversos e autônomos. A cidadania deve ser compreendida como um processo contínuo e uma construção coletiva que leva à concretização dos direitos humanos. Ciente de que a cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos, sociais e econômicos estabelecidos em nossa Constituição e de que o exercício da cidadania pressupõe ter consciência desses direitos e obrigações, colocando-os em prática, a UFMG Pública e Diversa apresenta como proposta três eixos com ações específicas com o objetivo de estabelecer uma cultura da cidadania na vida cotidiana da comunidade acadêmica: Direitos Humanos, Saúde Mental, Acessibilidade e Inclusão.

Gestão de Pessoas

A política de recursos humanos deve se pautar pelos princípios do diálogo, do respeito, da inclusão e da participação. A UFMG deve prover alternativas para que seus servidores docentes e técnico-administrativos em educação (TAEs) possam fazer um planejamento de trajetórias profissionais que assegurem o desenvolvimento de suas potencialidades, permitindo tanto a qualidade de sua atuação profissional quanto a obtenção de plena satisfação de suas aspirações individuais. 

Tendo como base esses princípios é que pretendemos promover, por exemplo, a discussão ampliada sobre os critérios de progressão e promoção na carreira docente, de forma a contemplar maior diversidade de perfis acadêmicos. Pretendemos estabelecer um processo efetivo de acolhimento e integração dos servidores docentes e técnico-administrativos em educação recém-contratados, bem como incentivar e institucionalizar a qualificação dos servidores TAEs, atribuindo a eles corresponsabilidade na administração universitária.

Políticas para os Estudantes

A Universidade pública tem um relevante papel na formação de pessoas para atuarem na sociedade, na redução das desigualdades sociais e na equalização de oportunidades ao garantir o acesso à educação superior de amplo estrato da sociedade. A política que propomos para os estudantes da educação básica, da graduação e da pós-graduação visa estabelecer efetivamente a inclusão, a permanência e o acolhimento da comunidade estudantil, bem como implementar uma cultura de cidadania e diversidade na vida cotidiana da comunidade universitária. As ações que propomos se estruturam em três eixos – apoio acadêmico, assistência estudantil e ações afirmativas –, serão coordenadas pela Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e implementadas, em diálogo permanente com os estudantes, em articulação com as pró-reitorias acadêmicas, Fump, diretorias e núcleos.

Segurança dos e nos campi

Elaborar uma política sobre segurança para os campi da UFMG e as unidades localizadas no centro de Belo Horizonte, bem como em outras cidades, envolve dialogar com a comunidade universitária para chegar a proposições de ações de curto, médio e longo prazos. A UFMG não é uma ilha: os campi Pampulha e Saúde, por exemplo, estão inseridos numa cidade que apresenta problemas de segurança, mas temos também particularidades que são importantes e devem ser tratadas ­diferenciadamente. Nosso programa prevê a formação e a atualização permanente da equipe de segurança com quadros femininos ampliados para melhor lidar com os casos de assédio, a melhoria dos equipamentos de apoio a essa equipe, a expansão da iluminação dos campi da Universidade, o estabelecimento de uma rede universitária de proteção preventiva e parcerias com o Governo e as prefeituras, para ações preventivas no entorno dos campi. 

Planejamento, Orçamento e Gestão Administrativa

Os investimentos na educação pública e na ciência têm sofrido cortes expressivos. Nas universidades federais, houve paralisação de obras, redução do quadro de pessoal terceirizado e diminuição dos recursos para seu funcionamento. A UFMG não esteve imune aos efeitos da crise orçamentária, mas foi protagonista no debate público contra os cortes orçamentários, especialmente em relação à emenda constitucional que limita os gastos públicos com educação, saúde e outras áreas sociais. Conseguimos preservar as bolsas acadêmicas e de assistência estudantil, bem como prover fundo emergencial para a pesquisa e a pós-graduação. A preservação e ampliação da infraestrutura da UFMG – com a manutenção adequada de equipamentos e a retomada das obras paralisadas – passa necessariamente pelo enfrentamento dos problemas orçamentários. Há, antes de mais nada, que recuperar os valores dos orçamentos da educação, cultura, ciência e tecnologia. Vamos nos empenhar junto ao Governo Federal para reverter esse quadro. Ao mesmo tempo, faremos gestões para a captação de recursos próprios e de emendas parlamentares e intensificaremos a busca de parcerias com outros órgãos públicos. Finalmente, há que envolver toda a comunidade acadêmica no esforço permanente de aprimoramento do planejamento e gestão administrativa, aumentando a eficiência e eficácia do uso dos recursos disponíveis e preservando as atividades-fim: ensino, pesquisa e extensão. Esse eixo da gestão inclui proposta para políticas de segurança, mobilidade e animais na UFMG.

A UFMG que queremos construir

Com Sandra e Alessandro estão várias pessoas que acreditam que a Universidade, sendo de todos, não pertence a ninguém em especial, visto que compreende fundamentalmente a noção de universalidade em sua natureza diversa e múltipla. Esse conceito inclusivo de universidade resgata o sentido daquilo que é público e seu valor como instrumento indutor de uma cidadania plena, à qual todas e todos devem almejar.
Uma Universidade do seu tempo é aquela que se posiciona firmemente no espaço que habita, vislumbrando soluções e construindo projetos inovadores, mesmo diante dos momentos de adversidade. Assim deve ser uma Universidade pública, diversa e de excelência como a UFMG

Sandra e Alessandro concorrem pela chapa 2
Sandra e Alessandro concorrem pela chapa 2 Arquivo UFMG Pública e Diversa

Acreditamos que os seguintes princípios norteiam uma agenda de propostas e servem de reflexão para pensarmos a Universidade que queremos juntos construir:

• defender o caráter público, gratuito e a identidade acadêmica da UFMG, garantindo seu objetivo de servir ao Estado e à sociedade;

• praticar uma gestão democrática, com respeito aos órgãos colegiados, em que as políticas sejam resultado da participação e escolha da comunidade acadêmica;

• promover políticas para o pleno reconhecimento e valorização da excelência acadêmica dos diferentes perfis de atuação docente, seja no ensino, na pesquisa ou extensão;

• implementar uma política de desenvolvimento, qualificação e motivação dos servidores técnico-administrativos em educação, em todas as suas áreas de atuação;

• incentivar o protagonismo estudantil, seja com experimentação de metodologias inovadoras nos diversos ambientes de aprendizagem, seja na escolha de percursos curriculares diversificados e interdisciplinares;

• promover ações para apoiar os programas de pós-graduação consolidados para que atinjam patamares crescentes de qualidade e ampliem sua atuação internacional e ações específicas para a melhoria dos programas com conceitos ainda não consolidados;

 • promover ações de apoio à pesquisa que atendam às diferentes áreas do conhecimento e às diferentes fases da carreira docente, abrangendo desde o apoio a recém-contratados e recém-doutores até a consolidação da infraestrutura de pesquisa de uso compartilhado e a articulação de redes temáticas de excelência;

• impulsionar projetos pedagógicos inovadores por meio da experimentação de novas metodologias, incluindo o ensino a distância e a produção de material pedagógico de qualidade;

• fortalecer a extensão nas suas dimensões acadêmica e de diálogo com a sociedade, ampliando a abrangência das redes interdisciplinares e interinstitucionais e assegurando a valorização dos diversos produtos originários das ações de extensão;

• protagonizar a integração do desenvolvimento científico e tecnológico com o ambiente de empresas incubadas, startups e aceleradoras e o parque tecnológico, alavancando a inovação e o empreendedorismo;

• ampliar as dimensões das ações de internacionalização, articulando os centros de estudos especializados com as atividades de ensino, pesquisa e extensão;

• fortalecer as ações culturais na UFMG, articulando espaços e projetos e integrando-os às atividades formativas da instituição;

• institucionalizar ações de esporte e lazer, estimulando a utilização dos espaços da UFMG e do Centro Esportivo Universitário pela comunidade acadêmica;

• consolidar a política de direitos humanos e ações afirmativas, criando condições para o estabelecimento efetivo de uma cultura da cidadania na vida cotidiana da comunidade universitária;

• viabilizar a implementação da política de saúde mental da UFMG;

• fortalecer a política de assistência estudantil, defendendo, junto ao governo federal, a consolidação e ampliação do Programa Nacional de Assistência Estudantil;

• implementar uma política de avaliação institucional, respeitando a diversidade e a execução compartilhada, transparente e democrática dos processos avaliativos;

• promover, por meio de discussões com a comunidade, o fomento de projetos e ações que assegurem a acessibilidade, a sustentabilidade e a qualidade de vida nos espaços da UFMG;

• estabelecer, em diálogo com a comunidade, uma política de segurança para os campi e unidades no centro de Belo Horizonte;

• estruturar uma política de comunicação que articule as estruturas existentes e promova, com base na cultura da convergência, a prática comunicativa institucional e a interação com veículos externos;

• investir em sistemas de tecnologia da informação que simplifiquem e aprimorem a gestão administrativa e acadêmica da Universidade;

• defender um projeto de autonomia universitária de dimensão nacional que garanta a liberdade de crítica e de expressão, a laicidade, os recursos financeiros e os instrumentos adequados para o pleno desenvolvimento do sistema federal de ensino superior;

• atuar para reverter as medidas do governo federal que reduziram o orçamento das universidades, da educação, da ciência e tecnologia.

Universidade em rede

Uma UFMG Pública e Diversa é resultado de um trabalho coletivo, em rede. Participe das discussões que vão eleger a agenda que irá orientar o enfrentamento dos desafios que se apresentam para a UFMG nos próximos anos. 

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Boletim nº 1997 - Ano 44