Conflitos na Nicarágua vem de acúmulo de tensões sociais, afirma pesquisador
Doutor em História pela Unesp, Fred Maciel explica crise
![Voice of America | Reprodução Mulher em protesto contra o governo Daniel Ortega, em Manágua](https://ufmg.br/thumbor/aYZJuKi8sNygSXEj01DXVFWAuas=/0x4:802x538/712x474/https://ufmg.br/storage/4/7/3/5/4735d35611109f35b6df744ff608c066_15327084640386_851522059.jpg)
O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, criticou a demora do governo da Nicarágua em prestar esclarecimentos sobre a morte da brasileira Raynéia Gabrielle Lima, de 31 anos. Ela foi morta a tiros na segunda-feira, 23, na capital Manágua, e até agora, as informações sobre a morte são contraditórias. Estudantes afirmam que grupo paramilitar ligado ao presidente Daniel Ortega teria efetuado os disparos, enquanto o governo afirma que a morte foi provocada por um segurança particular. O governo brasileiro não descarta recorrer à Organização de Estados Americanos para exigir informações.
Localizada na América Central, a Nicarágua enfrenta protestos desde abril deste ano, contra uma reforma da previdência proposta por Ortega. As pautas se ampliaram desde então, assim como a repressão do governo. Estimativas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos apontam para a morte de 277 pessoas nos conflitos. O doutor em História pela Unesp, integrante do grupo de Pesquisa Intelectuais e Política nas Américas, Fred Maciel falou à Ràdio UFMG Educativa sobre as origens da crise e as possíveis soluções.