Saúde

Consumo de bebidas alcoólicas deve ser evitado na quarentena

Em entrevista à Rádio UFMG Educativa, professora do ICB afirma que é preciso buscar outras alternativas para aliviar as tensões

Consumo de álcool aumenta ansiedade, irritabilidade e agressividade
Consumo de álcool aumenta ansiedade, irritabilidade e agressividade Foto: Michal Jarmoluk/Pixabay

O consumo de álcool deve ser evitado durante a pandemia do novo coronavírus. O alerta é feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que chegou a recomendar aos governos a limitação da venda de bebidas alcoólicas nesse período. 

A OMS argumenta que o álcool prejudica o sistema imunológico, a saúde mental e pode estimular comportamentos de risco, como agressões no ambiente doméstico. A Organização também desmentiu notícias falsas sobre a suposta capacidade da ingestão etílica de proteger contra o coronavírus.

A professora Ana Lúcia Brunialti Godart, do ICB, conduz pesquisas relacionadas aos fatores genéticos que podem predispor um indivíduo ao alcoolismo. Durante participação no programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, ela explicou como funciona o efeito do álcool no organismo e recomendou a busca de alternativas para aliviar as tensões provocadas pela pandemia. 

"Quando começamos a beber, o álcool provoca alegria, bem-estar e leveza", disse. No entanto, explicou a professora, à medida que o consumo aumenta, essas sensações positivas são atenuadas no sistema nervoso central. "Em compensação, aumentam os sintomas de ansiedade, irritabilidade e até mesmo agressividade."

Ouça a conversa com Luíza Glória

Quando a situação foge ao controle, é preciso buscar ajuda. Durante o período de distanciamento social, o programa de recuperação Alcoólicos Anônimos mantém reuniões pela internet e dá continuidade a atendimentos não presenciais por outros canais, inclusive por carta.

Ouça a reportagem de Alexandre Miranda e Letícia Finamore

Produção de Alessandra Ribeiro