Extensão

Criação de universidade federal indígena será debatida em evento na UFMG

Encontro desta quinta-feira é o oitavo de uma série de 16 seminários que ocorrem em 12 estados brasileiros

A UFMG abriga nesta quinta-feira, 1º de agosto, o oitavo encontro do Seminário regional de escuta para criação e implementação da Universidade Federal Intercultural Indígena, que reunirá informações e análises de entidades indígenas e indigenistas, públicas ou privadas, e especialistas no tema para subsidiar a criação e implementação da Universidade Federal Intercultural Indígena.

Apoiado pela Universidade de Direitos Humanos – órgão vinculado à Pró-reitoria de Extensão –, o evento é o oitavo de uma série de 16 reuniões que estão sendo realizadas em universidades federais de 12 estados brasileiros e seguem até 11 de setembro, conforme planejamento de grupo de trabalho instituído no âmbito do Ministério da Educação pela Portaria 350.

A iniciativa, que atende à diretriz da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), é promovida pelo Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Superior (Sesu) e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), em conjunto com o Ministério dos Povos Indígenas (MPI).

O evento será realizado das 8h às 17h no Centro de Atividades Didáticas 2 (CAD2) da UFMG, auditório A102. Conheça a programação.

Reivindicação
A criação da Universidade Federal Intercultural Indígena é uma reivindicação do movimento indígena apresentada ao ministro da Educação, Camilo Santana, no início de 2023, como parte das propostas consideradas prioritárias no VI Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena, realizado em dezembro de 2022.

A expectativa é que a Universidade Federal Intercultural Indígena seja uma instituição pública, gratuita e referenciada na interculturalidade e intercientificidade indígena, ou seja, fundada no amplo diálogo entre os diferentes povos indígenas e entre eles e as sociedades não indígenas com as quais mantêm interações.

Seu arcabouço prevê a promoção de ações de ensino, pesquisa e extensão destinadas à valorização dos patrimônios epistemológicos, culturais e linguísticos dos povos indígenas, considerando suas demandas e necessidades. A intenção é que a universidade tenha um campus-sede no Distrito Federal e estruture uma rede de institutos de formação indígena em diferentes universidades federais e em territórios etnoeducacionais a serem definidos.

Estudantes da Formação Intercultural para Educadores Indígenas da UFMG no campus Pampulha
Estudantes da Formação Intercultural para Educadores Indígenas da UFMG no campus Pampulha: ações de ensino, pesquisa e extensão destinadas à valorização dos patrimônios epistemológicos, culturais e linguísticos dos povos origináriosFoto: Raphaella Dias | UFMG

Com Assessoria de Comunicação da Proex