Ensino

Curso on-line sobre doença falciforme é oferecido a educadores de Minas e Bahia

Entre setembro e dezembro deste ano, 400 servidores municipais da Educação de Minas Gerais e Bahia serão capacitados, por meio de curso a distância, para lidar com a doença falciforme na escola. Alguns dos temas abordados serão a história e o contexto atual da doença, as peculiaridades nas escolas e a articulação em redes.

O curso, que tem o título Ressignificando a doença falciforme: a diversidade no contexto escolar, é promovido pelo projeto Saber para Cuidar: doença falciforme na escola, do Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob-MG) – parceria entre o Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad) e a Fundação Hemominas. A proposta é melhorar a condição técnica e política dos profissionais da Educação de atenção aos alunos que convivem com a doença.

As aulas serão apoiadas na plataforma do Centro de Apoio à Educação a Distância da UFMG (Caed) e estão organizadas em quatro módulos, que somam 45 horas. Organizados em 14 turmas, os servidores serão acompanhados por equipe multiprofissional de tutores, composta de enfermeiros, psicólogos, pedagogos, nutricionistas, assistentes sociais, entre outros. A proposta é que, ao final das aulas, cada aluno apresente uma ação de intervenção para a comunidade na qual está inserido.

Doença falciforme
Considerada uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil, a doença falciforme, que atinge principalmente a população negra, é uma alteração genética que afeta o sangue e provoca complicações como obstrução dos vasos sanguíneos, infecções e crises de dor. Desde 1998, com a realização da triagem neonatal (teste do pezinho) para a doença falciforme em Minas Gerais, tornou-se evidente a alta incidência da doença no estado: um caso para cada 1,4 mil nascidos vivos.