‘Devemos decidir como conviveremos com a covid-19 em 2022’, afirma Cristina Alvim
Em entrevista, a coordenadora do comitê de enfrentamento do coronavírus analisa o cenário epidemiológico deste início de ano e o avanço da UFMG à etapa 3 do seu plano de retorno
Desde março de 2020, a professora Cristina Alvim e os demais integrantes do Comitê da UFMG de Enfrentamento do Novo Coronavírus têm sido indagados sobre quando a vida voltará ao "normal". Quase dois anos depois, ainda não há resposta definitiva para essa pergunta, mas são fortes os indícios de que 2022 é o ano em que o mundo tomará consciência de que o novo coronavírus veio mesmo para ficar. “Devemos decidir como conviveremos com a covid-19, e isso não significa ignorá-la”, resume a professora, coordenadora do comitê e assessora da Reitoria para a área de saúde.
Apesar da recente explosão de casos provocada pela variante ômicron, mais transmissível, mas aparentemente menos letal, Cristina Alvim revela um otimismo cauteloso. “Para 2022, as perspectivas são boas no sentido de que aumentaremos nossas defesas contra a pandemia por meio de novas vacinas e medicamentos antivirais”, justifica ela, nesta entrevista ao Portal UFMG.
É nesse contexto que a UFMG ingressou, neste mês, na etapa 3 do seu Plano para o retorno presencial, que prevê a realização de atividades sem limite de teto de ocupação dos seus espaços físicos. Na entrevista, a coordenadora do comitê também descreve a lógica que moveu o trabalho de combate à pandemia na UFMG e as principais diretrizes que nortearam a elaboração do plano de retorno e de suas atualizações.
Em um cenário de vacinação avançada e de “descolamento entre incidência e gravidade” de casos de covid-19, ela explica que a ideia de retrocesso no plano de retorno (no sentido de volta de etapas) não é mais adequada ao atual cenário, mas prevê movimentos de idas e vindas, avanços e recuos, caracterizados por “suspensões temporárias de atividades presenciais em decorrência do monitoramento de casos”. No entanto, medidas preventivas, como uso de máscaras de boa qualidade, distanciamento, higienização e ventilação de ambientes, permanecerão no horizonte durante muito tempo.
Leia a íntegra da entrevista com a professora Cristina Alvim.
Como o comitê permanente apoia o planejamento do retorno presencial na UFMG?
Antes de tudo, é preciso refletir sobre o que foi feito até aqui. A pandemia exigiu a interrupção abrupta das atividades presenciais em março de 2020. Desde então, a pergunta que a comunidade universitária e a sociedade nos fazem é: “quando iremos retornar ao normal?” Estamos entrando no terceiro ano da pandemia. Muito conhecimento foi produzido, e o plano de retorno teve de ser revisto e atualizado em vários momentos. Por exemplo, inicialmente recomendamos a medição de temperatura e o uso de tapetes sanitizantes nas portas de entrada dos edifícios, medidas que posteriormente se revelaram desnecessárias na prevenção da covid-19.
Em julho de 2020, a primeira versão do protocolo de biossegurança foi elaborada por grupos de trabalho formados por especialistas e contemplou três aspectos: biossegurança, reorganização dos espaços físicos e monitoramento para controle de surtos. Com o arrefecimento, a partir de setembro de 2020, da primeira onda de covid-19 no Brasil, a primeira versão do plano estabeleceu quatro etapas: etapa 0 (presencial apenas no caso de atividades essenciais para a manutenção da Universidade e de pesquisas relacionadas ao enfrentamento da pandemia), etapa 1 (presencial para as atividades não adaptáveis ao modo remoto, com teto de ocupação de 20%), etapa 2 (que previa a expansão das atividades presenciais para até 40% de ocupação) e etapa 3 (sem restrição de teto de ocupação).
Por que o plano foi estruturado em “etapas”?
A ideia de “etapas” considerou que o movimento de ampliação das atividades presenciais deveria ser gradual para possibilitar a adaptação dos espaços e das pessoas aos protocolos de biossegurança e monitoramento.
Havia forte expectativa de retorno à normalidade em 2021, porém, em março e abril do ano passado, vivemos o momento mais trágico da pandemia no país. A UFMG retrocedeu à etapa 0 por dois meses. Retornamos à etapa 1 em maio de 2021. À época, o comitê avaliou que não era possível estimar quando iríamos retornar ao normal, mas era preciso propor parâmetros que permitissem o acompanhamento pela comunidade da progressão das etapas. Tendo como referência as propostas do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) e da Fiocruz para reabertura de escolas e os indicadores epidemiológicos divulgados pelas cidades e pelo estado, o plano de retorno foi atualizado com parâmetros para avanço e retrocesso em cada etapa. A ideia principal era: não sabemos quando iremos retornar ao normal, mas propomos como retornar. Até então, a vacinação caminhava lenta e tensamente, avançando por grupos prioritários e atividades essenciais.
Em junho de 2021, a campanha de vacinação em Belo Horizonte priorizou os trabalhadores da educação. Dois meses depois, a vacinação contemplou toda a população acima de 18 anos. Em setembro de 2021, apesar da ameaça da variante delta que causou internações e mortes no Hemisfério Norte, avançamos para a etapa 2, com teto de 40% para possibilitar o ensino híbrido emergencial no segundo semestre letivo de 2021.
O que mudou nos parâmetros do plano de retorno com o avanço da vacinação?
A ampla cobertura vacinal resultou em descolamento dos indicadores de incidência (casos) e gravidade (internações e óbitos). Após meses de tendência de queda significativa, a taxa de incidência se estabilizou em novembro e dezembro em torno de 40 a 50 novos casos por 100 mil habitantes a cada duas semanas. Além disso, era evidente que as cidades estavam com todos os espaços e setores em pleno funcionamento, sem nenhuma forma de restrição, exceto o uso obrigatório de máscaras. Constatamos que os parâmetros para avanço e retrocesso propostos em maio de 2021 não se adequavam mais ao novo cenário para a avaliação do nível de segurança sanitária. A possibilidade de atualização dos indicadores estava prevista no plano, já que o cenário epidemiológico e as medidas de controle da pandemia poderiam mudar e gerar perspectivas ainda não formuladas.
O plano de retorno passou por reformulação com exclusão dos parâmetros quantitativos propostos na versão anterior e atualização dos itens de biossegurança, adequação dos espaços e monitoramento, que permanecem essenciais. Assim, o comitê permanente, junto com a Comissão de Acompanhamento do Conselho Universitário, indicou a possibilidade de avançar para a etapa 3, o que ocorreu em 16 de dezembro passado. Foi sinalizado no documento que diretrizes e recomendações mais detalhadas sobre o retorno presencial das atividades acadêmicas e administrativas seriam elaboradas pelas instâncias competentes, o que, de fato, ocorreu por meio de resolução aprovada pelo Cepe na semana passada e de ofício circular expedido pela Pró-reitoria de Recursos Humanos (PRORH).
Ao autorizar a etapa 3, a UFMG sinaliza que, em 2022, não há mais a restrição relativa ao teto de ocupação dos espaços para o planejamento e organização de suas atividades acadêmicas e administrativas. A retirada do teto visa possibilitar maior flexibilidade para as unidades se organizarem de acordo com suas necessidades e especificidades, o que tem sido um critério de condução do retorno presencial desde o início da pandemia.
Que análise o comitê permanente faz do cenário da covid-19 no início deste ano?
Apesar do alerta em relação à variante ômicron e a identificação de nova cepa de Influenza A, H3N2 (Darwin), as comemorações e viagens de fim de ano aconteceram com relaxamento precoce das medidas preventivas, sem uso de máscaras e com muitas aglomerações, também denominadas de “eventos superespalhadores”. Isso sinaliza o quanto as pessoas estão esgotadas emocionalmente e necessitando retomar a vida em sua plenitude.
Infelizmente, vivenciamos, em janeiro, uma explosão de casos de síndrome gripal e de covid-19 que novamente nos coloca em alerta, com necessidade de reforçar as medidas preventivas com uso de máscaras adequadas, evitar as aglomerações e os espaços fechados com climatização artificial, investir em monitoramento com testagem, isolamento e quarentena e, principalmente, estimular a vacinação com a dose de reforço, liberada para trabalhadores da educação na primeira semana de janeiro.
A rápida transmissão da variante ômicron resultou em um “tsunami” de casos, com aumento do número de reinfecções. A boa notícia, como está muito bem explicado em recente editorial da Nature, é que seus surtos estão associados a formas menos graves em adultos do que as variantes anteriores do Sars-CoV-2, seja pela imunidade vacinal ou natural, seja por fatores biológicos em investigação, como menor replicação do vírus em tecido pulmonar. A menor gravidade, entretanto, não nos autoriza a relaxar as medidas preventivas, porque sabemos que, com altas taxas de infecção, o que é raro aparece.
Casos leves também sobrecarregam os profissionais e os serviços de saúde, em especial os prontos-atendimentos e as unidades básicas. Já observamos muitos casos de afastamento entre os profissionais de saúde, em um período tradicionalmente impactado pelas férias. Isso tem dificultado o atendimento da demanda excessiva, gerando filas e atrasos. A população precisa ser sensibilizada e orientada para contribuir com a redução dessa demanda.
Como o comitê pretende acompanhar o cenário epidemiológico e assistencial em 2022? Há risco de retrocesso no plano de retorno?
A análise do cenário epidemiológico e assistencial está sendo conduzida pelo comitê permanente com a atenção e responsabilidade de sempre, porém reconhecemos que se tornou mais complexa e não pode ser baseada apenas na taxa de incidência e nos “termômetros” de índices de ocupação de leitos. A dinâmica da resposta dos serviços de saúde no terceiro ano de pandemia não será a mesma do primeiro ano. Não é possível manter profissionais e leitos mobilizados para covid-19 por tempo indefinido, pois outras demandas precisam ser atendidas.
O comitê permanente reúne pessoas de diferentes áreas do conhecimento, e todas contribuem significativamente com avaliações do cenário dentro e fora da Universidade, no país e no mundo. Consideramos nessa análise aspectos biológicos, relacionados ao vírus Sars-CoV-2 e suas variantes, aspectos epidemiológicos, assistenciais, avanços terapêuticos e os impactos da covid-19 na vida das pessoas, na sua saúde física e mental e na qualidade das nossas atividades na Universidade.
As reflexões do comitê são compartilhadas com a Comissão do Conselho Universitário, em que há representação de todos os segmentos da Universidade. Esse diálogo possibilita analisar e ajustar nossas propostas antes de encaminhá-las para deliberações dos órgãos superiores.
Observamos não apenas a evolução do número de casos de covid-19, mas também a situação de internações em enfermarias, CTI e os óbitos. Acompanhamos as respostas das secretarias de saúde, com aumento de leitos à medida que a demanda aumenta. Temos apresentado esses dados nos espaços em que somos convidados a conversar, porque reconhecemos que essa análise é complexa e precisa ser mostrada para nossa comunidade. A UFMG mantém permanente interlocução com as secretarias de saúde, e buscamos agir de forma articulada e contextualizada com o SUS e com os espaços do nosso entorno. O comitê avalia que não se justifica manter a maioria das atividades da Universidade em modo remoto emergencial no terceiro ano de pandemia, especialmente com toda a cidade aberta.
A ideia de “retrocesso”, no sentido de voltar etapas no plano de retorno (da etapa 3 para 2 ou da 2 para a 1, por exemplo), se aplicava aos cenários de 2020 e 2021. Agora, em 2022, com a vacinação avançada e com o já mencionado descolamento entre incidência e gravidade dos casos, o que pode ocorrer são movimentos de idas e vindas, avanços e recuos, marcados por suspensões temporárias de atividades presenciais em decorrência do monitoramento de casos. É uma medida que está prevista no plano e considera a incerteza da evolução da pandemia. Sabemos como fazer e faremos se necessário.
Como avalia a adoção do chamado “passaporte vacinal” como medida de controle da pandemia?
Inicialmente, devemos reafirmar que defendemos a vacinação universal e gratuita. Trata-se de medida prioritária de controle da pandemia, que é direito de todo cidadão brasileiro e deve ser garantida pelo Estado. A UFMG tem buscado divulgar informações científicas sobre a segurança e efetividade das vacinas, especialmente no que diz respeito à sua capacidade de reduzir internações e mortes pela doença, assim como a importância da ampla cobertura vacinal da população para a redução da circulação do vírus e, consequentemente, do risco do surgimento de novas variantes. Temos enfatizado que vacinar-se é uma atitude ética, que demonstra senso de coletividade.
A UFMG tem sido parceira da Secretaria de Saúde de Belo Horizonte e apoia as ações de imunização contra a covid-19, inclusive com a instalação de dois postos de vacinação, um no campus saúde (cujas atividades foram encerradas no mês passado) e outro no campus Pampulha. Também estamos negociando com a PBH a possibilidade de instalar postos volantes à medida que houver maior movimentação de pessoas em nossas unidades.
Felizmente, nosso SUS é organizado e eficiente, e nossa Atenção Primária está bem consolidada. São estruturas que resistem às adversidades. Apesar do atraso na compra, assim que as vacinas começaram a chegar, foram prontamente disponibilizadas para a população. E as pessoas têm-se vacinado. Tanto que a cobertura com a primeira dose em Belo Horizonte alcança 100% da população acima de 12 anos. E com a vacinação completa (duas doses) ultrapassamos 90%. Esses dados superam dados de países mais ricos que começaram a se vacinar antes de nós. Neles, a recusa à imunização tem sido um grave problema.
Nosso desafio agora é investir em estratégias para ampliar a adesão à segunda dose e à dose de reforço. Estudo publicado pelo Boletim da Faculdade de Medicina da UFMG, no mês passado, mostrou que o risco de não haver retorno para tomar a segunda dose é maior no grupo populacional economicamente ativo (homens, adultos jovens) e de maior vulnerabilidade social.
Em relação ao chamado passaporte vacinal, trata-se de uma expressão que vem sendo usada de forma heterogênea e um tanto confusa. Originalmente utilizado para se referir às restrições de fronteiras entre países, o conceito ampliou-se para atividades realizadas nas cidades, como eventos, festas, jogos de futebol, e, mais recentemente, tem sido debatida no contexto do retorno às aulas nas universidades.
Considerando o direito à educação e orientada pela ciência, nossa opinião é que devemos agir para promover meios para facilitar a vacinação completa da população. Nesse sentido, a UFMG incluirá, no processo de matrícula dos estudantes, um questionário sobre o estado vacinal. E buscaremos estratégias educativas e logísticas para estimular a imunização entre jovens com menos de 30 anos. Nossa proposta não é impedir a circulação de pessoas nos campi, muito menos punir os estudantes com cancelamento de matrícula ou algo semelhante. Nossa estratégia baseia-se no tripé acolhimento, busca ativa e orientação para se vacinar.
Segundo dados do MonitoraCovid UFMG, das 1.726 pessoas que acessaram o sistema nos últimos 14 dias, 98% estavam com a vacinação completa. A UFMG conduzirá levantamentos diagnósticos ampliados, com a finalidade de compreender e orientar quem estiver com dúvidas ou dificuldades para vacinar.
Que estratégias de monitoramento devem adotadas de agora em diante?Devemos investir em ações de comunicação para sensibilizar nossa comunidade para o uso do MonitoraCovid UFMG e, se necessário, do Telecovid-HC/UFMG, que têm sido fundamentais para o acompanhamento da segurança dos nossos espaços e das nossas atividades de estágio fora da Universidade. Após escutar os membros da comunidade, realizamos mudanças nos textos de orientação da autodeclaração para melhorar a compreensão. Realizamos encontros periódicos com as equipes do Telecovid e da rede de laboratórios da UFMG para atualização e ajustes nos protocolos assistenciais e laboratoriais. Junto com a DTI (Diretoria de Tecnologia da Informação), promoveremos um treinamento com representantes indicados pelas diretorias das unidades acadêmicas para promover maior autonomia dos comitês locais, que devem atuar como referência em caso de dúvidas da comunidade da unidade. E ainda estamos programando, para o início de fevereiro, um webinário para atualizar a comunidade sobre o cenário epidemiológico da covid-19 e o retorno presencial das atividades na UFMG. Em outra frente, a da comunicação de massa, o Centro de Comunicação (Cedecom) tem trabalhado intensamente com a divulgação nas redes sociais, inclusive sobre a importância de notificar casos suspeitos e confirmados de covid-19, assim como os cuidados com os contatos.
Para quem está em atividade presencial há mais tempo, como o pessoal dos cursos da área da saúde, essa rotina de isolamento e quarentena já está mais bem estabelecida. Para os cursos que se mantiveram predominantemente em atividade remota, o comitê permanente fornecerá todo o apoio necessário até que a comunidade se sinta mais segura.
Repetindo a pergunta que tem sido feita insistentemente ao comitê: voltaremos à vida “normal”, ou seja, àquela realidade que vivíamos antes da pandemia?
Esse movimento de retorno presencial em 2022 deve priorizar a promoção de vínculos interpessoais, de pertencimento à comunidade da UFMG, de cuidados com a saúde mental. Novas ações devem ser propostas nesse sentido. As atividades acadêmicas e administrativas seguirão as orientações e normativas das instâncias competentes, que estão atentas ao cenário nacional e às legislações pertinentes. E deverão respeitar as medidas de biossegurança descritas no plano de retorno, como uso obrigatório de máscaras, higiene das mãos, distanciamento de um metro, ventilação dos espaços e monitoramento.
O planejamento continuará exigindo de nós muita colaboração e flexibilidade para adaptação a uma nova etapa, ainda não vivida. Muitas perguntas que têm sido direcionadas ao comitê indicam preocupação com problemas que poderão surgir, incluindo atitudes de desobediência às normas estabelecidas. Temos orientado as pessoas a investir em atitudes educativas, éticas e de promoção do senso de coletividade. Não temos propostas autoritárias e punitivas porque acreditamos na educação como prática.
A mensagem da Nature, com a qual concordamos, é que não é o caso de traçar planos para retornar à vida “normal” que conhecíamos antes da pandemia. 2022 é o ano em que o mundo deve aceitar o fato de que o novo coronavírus veio para ficar. Devemos decidir como conviveremos com a covid-19, e isso não significa ignorá-la ou simplesmente ficar paralisados. Felizmente, as perspectivas em 2022 são boas, pois aumentaremos nossas defesas contra a pandemia por meio de novas vacinas e medicamentos antivirais. Esperamos especialmente que haja compromisso com uma resposta global de enfrentamento das iniquidades na vacinação entre países e regiões. Como registra o editorial da Nature, há motivos para “esperança e otimismo, mas com uma boa dose de realismo: o vírus continuará circulando e mudando, e os governos devem continuar confiando nas orientações e nos conselhos dos cientistas. Nem sempre seremos capazes de prever o caminho do vírus e devemos estar prontos para nos adaptarmos a ele”. Resumindo: devemos caminhar com respeito à vida, à saúde, à ciência e à educação, principal compromisso da UFMG com a sociedade.