Dispersão é traço comum nas obras de Luiz Ruffato e Nuno Ramos
Tese da Fale identifica aproximações nos trabalhos dos dois autores
Eles eram muitos cavalos, de Luiz Ruffato, e Ó, de Nuno Ramos, são obras difíceis de enquadrar nos gêneros tradicionais. Elas lidam de formas diferentes com o papel da arte – engajada, no caso do romance de Ruffato, e metafórica, na coletânea de Nuno. A chave comum, para Gleidston Alis, que acaba de defender tese de doutorado na Faculdade de Letras, é a ideia de dispersão, que é central na cultura contemporânea e também, por caminhos distintos, nos volumes analisados.
“Abordo duas obras de alta qualidade, marcadas pela falta de linearidade e pela pluralidade de discursos, por vezes, antagônicos”, diz Gleidston, que optou por dois operadores conceituais genéricos: a técnica do mosaico (Ruffato) e a lógica do hiperlink (Nuno).
A tese que analisa a obra dos dois autores foi abordada em matéria publicada na edição 2.079 do Boletim UFMG.