Ensino

Diversidade marca corpo discente de curso de comunicação da ciência

Especialização, que começará no próximo semestre, reunirá cientistas, jornalistas, professores do ensino básico, entre outros, vindos também de fora de Minas

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Laboratório da Física: curso com abordagem transdiciplinar 
Foca Lisboa / UFMG

Quando elaboraram o edital de seleção para o curso de especialização em Comunicação Pública da Ciência, que terá início no primeiro semestre de 2020, os organizadores estavam seguros dos aspectos mais importantes sobre a formação: ela terá, por exemplo, abordagem transdisciplinar, combinação de teoria e prática e corpo docente com experiências e formações diferentes. Eles também estavam interessados em um conjunto de alunos bastante diversos. Nesse caso, restava torcer. “Apostamos, e deu certo. Teremos alunos que são jornalistas, cientistas, jovens recém-graduados, professores do ensino básico”, comemora o professor da UFMG Yurij Castelfranchi, coordenador da especialização.

O resultado da seleção foi divulgado ontem (quarta, 6), e os 40 candidatos aprovados já podem realizar os procedimentos de matrícula, de acordo com as instruções disponíveis no site da Fundep. O prazo para recursos será encerrado em 21 de novembro, e as aulas serão realizadas de 1º de março de 2020 a 1º de agosto de 2021.

De acordo com Castelfranchi, o caráter inovador da especialização não poderia se restringir à metodologia, ao conteúdo e à reunião de professores oriundos de diferentes ambientes, como a academia, o mercado e as mídias digitais. “O impacto positivo da iniciativa depende também da combinação de contribuições e expectativas de alunos tão diversos”, salienta o professor, que é vinculado ao Departamento de Sociologia e titular da Diretoria de Divulgação Científica (DDC), da Pró-reitoria de Extensão. O Departamento e a DDC são responsáveis pela iniciativa do curso, que tem o apoio do Instituto Serrapilheira.

Alguns dos tópicos da especialização são divulgação científica transmídia, promoção da ciência cidadã – que abre espaço para participação do público leigo –, jornalismo investigativo em ciência, produção de vídeos e podcasts e temas como filosofia da ciência e história da cultura científica.

“Queremos formar uma nova geração de comunicadores da ciência e fortalecer a divulgação científica tanto na grande mídia quanto no ambiente digital. Iniciativas como canais no Youtube dedicados à tecnologia e à saúde têm atraído públicos cada vez maiores, o que leva à profissionalização e à monetarização, por meio de patrocínios”, afirma Yurij Castelfranchi. Ele anuncia para 25 de novembro o evento de abertura do curso, aberto a outros interessados e contando com atividades que já valerão créditos para os alunos inscritos.

Veja a relação dos aprovados:

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Com Assessoria de Comunicação da Proex