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Documentário resgata história de Belo Horizonte com a sétima arte

Entre os entrevistados, estão o estilista Ronaldo Fraga, o ator e diretor Chico Pelúcio e a publicitária e escritora Cris Guerra

História e memórias das salas de cinema de BH
História e memórias das salas de cinema de BH Divulgação

A primeira exibição cinematográfica pública paga, no mundo, ocorreu em 1895, em um café de Paris. Desde então, o formato do cinema físico mudou muito. Sobre essas mudanças, Belo Horizonte tem história para contar: durante muito tempo os cinemas foram o mais importante local de lazer para a população.

O documentário Entre uma pipoca, um beijo e um drops Dulcora, do diretor Alfredo Alves, revela a história das salas de cinema de Belo Horizonte, por meio do despertar da memória afetiva de moradores e personalidades da cena cultural da capital mineira.

Entre os entrevistados, estão o estilista Ronaldo Fraga, o ator e diretor Chico Pelúcio (Grupo Galpão) e a publicitária e escritora Cris Guerra. Participam também da produção moradores da cidade que vivenciaram a época gloriosa dos cine-teatros, como o casal Cândido, que se conheceu em uma sessão no Cine Brasil.

O diretor Alfredo Alves, que também dirigiu os documentários Noivas do Cordeiro e Jogos Indígenas no Brasil, concedeu entrevista sobre o mais recente trabalho ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 13.

“Eu não sou de Belo Horizonte. Estou aqui há 20 anos, me sinto belo-horizontino, mas não vivenciei esse período em que as salas de cinema de rua tinham uma importância cultural muito grande para a cidade. Quando cheguei aqui, senti que a população tinha um carinho muito grande por essas salas que não mais existiam”, contou.

Segundo o diretor, as pessoas com quem ele conviveu tinham muitas lembranças de momentos vividos nesses espaços.

“Ouvindo tantas histórias bacanas, passou pela minha cabeça fazer um documentário que não fosse estritamente histórico, que contasse só a história das salas de cinema, mas que pudesse recolher essas memórias de momentos vividos dentro das salas de cinema”, explicou.

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O documentário foi produzido com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. A estreia do filme ocorre hoje, às 20h, no Cine Theatro Brasil (Avenida Amazonas, 315, Centro). A entrada é gratuita, com retirada de ingressos a partir das 19h.