Extensão

Escola de Enfermagem cria novas formas acolher famílias em luto perinatal

Equipe desenvolveu um 'kit memória' para ajudar a ressignificar o momento da perda

O Hospital das Clínicas da UFMG e o Hospital Odilon Behrens, que já trabalham na perspectiva do luto perinatal com equipes próprias, ganharam, neste ano, o reforço do projeto Renascer, que reúne profissionais da enfermagem, da psicologia, da medicina e da fisioterapia que ajudam as famílias a atravessar esse momento de perda. 

Recentemente, os dois hospitais iniciaram a entrega do chamado “kit memória”, formado por itens associados à curta história de vida do bebê. Segundo a coordenadora Juliana Marcatto, o luto precisa ser vivido. 

A enfermeira Elessandra Santos, linha de frente nessa ação, destaca a importância desse trabalho para os profissionais, que muitas vezes não foram orientados da forma correta a lidar com as mães e familiares traumatizadas pela perda.

Além de profissionais da saúde, o projeto conta com ajuda de voluntários, como a ONG Costurando o Bem, que costura as borboletas entregues no “kit memória”. Uma das criadoras, Fátima Amaral, informa que o grupo reúne 36 pessoas, que costuram para esse projeto e outros produtos, como próteses para mulheres que perderam a mama em decorrência do tratamento de câncer e almofadas para pacientes que necessitam de hemodiálise.

Entrevistados: Juliana Marcatto, coordenadora do projeto Renascer, Elessandra Santos, enfermeira do HC | UFMG, Fátima Amaral (ONG Costurando O Bem).

Equipe: Luiza Galvão (produção), Otávio Zonatto (edição de imagens), Antônio Soares (imagens) e Naiana Andrade (edição de conteúdo)