Importância cultural do funk para o Brasil é tema de entrevista no programa Expresso 104,5
Tema ressurgiu com a presença do funk na apresentação da ginasta medalhista Rebeca Andrade nas Olimpíadas de Tóquio
Na última quinta-feira, 29, a ginasta Rebeca Andrade conquistou a medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio, na categoria individual geral feminino. Além de ter sido a primeira medalha do Brasil na ginástica feminina em Jogos Olímpicos, essa apresentação chamou atenção pela trilha sonora do solo de Rebeca: o funk Baile de Favela, de MC João. O hit, que exalta alguns dos mais famosos bailes de rua da periferia de São Paulo, ficou famoso entre 2015 e 2016. Agora, graças a essa apresentação, ganhou o mundo.
Essa não é a primeira vez neste ano que o funk recebe um destaque como esse. Em janeiro, o Instituto Butantan estabeleceu uma parceria com MC Fioti, que fez uma nova versão de Bum bum tam tam, em homenagem à CoronaVac. O funk, no Brasil, é um gênero musical que ainda segue marginalizado. O ritmo, porém, é um dos mais populares da música brasileira, e é um dos principais expoentes da nossa cultura atualmente. Casos como o de Rebeca Andrade, com Baile de Favela, e o do Instituto Butantan, com MC Fioti, foram dois episódios deste ano que marcam a importância desse gênero e mostram a crescente popularização dele.
O programa Expresso 104,5,desta quarta-feira, 4, convidou Dennis Novaes, doutor em antropologia social pela UFRJ, um dos criadores do Festival Favela Sounds, para falar sobre o assunto. Durante a conversa com o apresentador Filipe Sartoreto, ele falou sobre a marginalização de alguns gêneros musicais, a repercussão do funk no país e no exterior e sua importância cultural.
Ouça a entrevista no SoundCloud.
Produção: Alexandre Miranda, sob orientação de Filipe Sartoreto
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael