Institucional

Escola de Música conclama comunidade a ficar alerta

Como deve ser do conhecimento de todos, ocorreu, no dia 6 dezembro, ação da Polícia Federal para apurar possíveis irregularidades na construção e implantação do Memorial da Anistia Política do Brasil, financiado pelo Ministério da Justiça e executado pela Universidade Federal de Minas Gerais. A ação, que contou com o apoio da CGU e do TCU, levou em condução coercitiva oito membros da comunidade da UFMG, entre eles o reitor da UFMG, professor Jaime Arturo Ramírez e a vice-reitora, Sandra Regina Goulart Almeida. Nessa operação, ironicamente denominada “Esperança Equilibrista”, oito mandados judiciais de condução coercitiva e 11 mandados judiciais de busca e apreensão, nas residências particulares e em setores da UFMG, foram cumpridos por 84 Policiais Federais, 15 Auditores da Controladoria Geral da União e dois do Tribunal de Contas da União.

Diante dos atos de arbitrariedade cometidos pela Polícia Federal, que claramente afrontam os preceitos democráticos que devem nortear os processos de investigação no país, a comunidade universitária, em seus vários segmentos,  manifestou prontamente sua indignação e seu apoio irrestrito aos reitores, professores e técnicos afrontados.

Em reunião do Conselho Universitário, realizada hoje pela manhã, com a presença de quatro Reitores da UFMG, além dos atuais reitores, representantes docentes, técnico-administrativos e discentes, fomos informados que a Polícia Federal desconsiderou as formalidades legais ao conduzir os Reitores  sem qualquer intimação. O Conselho considerou que tais atos de violência física e psicológica constituem  afronta a toda a comunidade da UFMG e  à comunidade universitária em geral. Esse sentimento foi manifestado de maneira contínua em moções de apoio à UFMG vindas de universidades federais e privadas de diversos cantos do País e do exterior, sindicatos e comissões de Direitos Humanos.

Ainda assim, a UFMG tomará iniciativa de apurar internamente quaisquer ocorrências de possíveis irregularidades. Confiram a nota que será publicada na Página da UFMG.Nesse momento de corrupção disseminada no País e de espetacularização das notícias veiculadas pela grande mídia, conclamamos nossa comunidade a ficar em alerta e a informar seus colegas, amigos e familiares sobre a gravidade da situação na qual sérias acusações contra a Universidade são proferidas sem qualquer comprovação.

Vamos apoiar a nossa UFMG nesse momento difícil, porém, como disse a reitora Ana Lúcia Gazolla, com o sentimento de sólida esperança.

Mônica Pedrosa de Pádua, diretora da Escola de Música da UFMG
Cecília Nazaré de Lima, vice-diretora da Escola de Música da UFMG