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Escolas cívico-militares podem melhorar a educação no Brasil?

Programa "Outra estação" explica como vai funcionar o modelo e as suas vantagens e desvantagens

Mariana Boniolo estudou no Colégio Militar de BH nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio. Ela elogia a qualidade do ensino, mas atribui o sucesso a infraestrutura da instituição
Mariana Boniolo estudou no Colégio Militar de BH do sexto ano do ensino fundamental ao terceiro ano do ensino médio. Ela elogia a qualidade do ensino, mas atribui o sucesso a infraestrutura da instituição Arquivo pessoal

Segundo o Ministério da Educação (MEC), o governo federal implementará 206 escolas cívico-militares no país até 2023. Uma das promessas da campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, o programa começa a funcionar já no ano que vem, quando serão implementadas 54 unidades em 23 estados e no Distrito Federal. Em Minas, serão três unidades: uma em Belo Horizonte, uma em Ibirité, na região metropolitana da capital e uma em Barbacena, na Zona da Mata do estado. O investimento inicial no programa é de 54 milhões de reais. 

Na escola cívico-militar a gestão é compartilhada entre militares, que ficam responsáveis pela parte administrativa, e professores civis, que ficam responsáveis pelo ensino. Mas o que isso significa na prática? O programa Outra estação desta semana explica como funciona esse modelo de escola e problematiza: será que o programa pode, de fato, melhorar a qualidade do ensino no Brasil? Especialistas, dirigentes de escolas, parlamentares e o Ministério da Educação respondem a essa questão. 

O que é uma escola cívico-militar?

Cerimônia de lançamento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares realizada em setembro
Cerimônia de lançamento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares realizada em setembro Luis Fortes I Ministério da Educação

O primeiro bloco do programa traz detalhes sobre o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares do Ministério da Educação, falando sobre os objetivos por trás da implementação do modelo e os critérios de seleção das escolas. Os entrevistados foram o Subsecretário de Fomento às Escolas Cívico-Militares do MEC, coronel Aroldo Ribeiro Cursino, e o professor da Faculdade de Educação da UFMG Luciano Mendes.  

Outro tema abordado nessa parte do programa é um projeto de lei em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais que quer criar um programa de escolas cívico-militares no estado nos mesmos moldes do programa proposto pelo Governo Federal. Para entender como está essa questão em Minas, foram ouvidos os deputados Coronel Sandro, do PSL e Professor Cleiton, do PSB. 

Ouça o bloco 1 do programa

O que os exemplos ensinam?

O segundo bloco do programa traz relatos de experiências de escolas com diferentes modelos de gestão: o Centro Educacional do Recanto das Emas, em Brasília, onde está sendo implantado desde o início do ano um projeto piloto de gestão compartilhada entre militares e civis; o Colégio Militar de BH, que é comandado apenas por militares do Exército; e duas escolas civis, sendo elas a Escola Municipal Padre Marzano Matias, localizada na regional de Venda Nova em BH e que conta com bons resultados em avaliações da educação e a Escola Estadual Professora Nair de Oliveira Santana, situada no bairro Nova Gameleira, na região Oeste de BH, que tem melhorado seu desempenho a cada ano.

Os especialistas ouvidos nesse bloco do programa foram o professor da Faculdade de Educação da UFMG Marcus Taborda e o professor de Filosofia da Educação da Universidade de São Paulo José Sérgio de Carvalho. 

Ouça o bloco 2 do programa

Para saber mais sobre o tema

Militarização das escolas: disciplina ou medo?

Diferencial de desempenho das escolas militares: bons alunos ou boa escola?

Programa Nacional de Escolas Cívico-Militar

Colégio Militar de BH

Conheça os 13 Colégios Militares do Exército

Site sobre o Ideb

Projeto de Lei 94/2019 que cria a Escola Cívico-Militar de Minas

Produção

O episódio 18 do Outra estação teve apresentação de Luana Lima, produção de Luana Lima e Breno Benevides, trabalhos técnicos de Breno Rodrigues, edição e coordenação de jornalismo de Paula Alkmim.  

O Outra estação explora, semanalmente, um tema de interesse social, buscando informações e conversando com pessoas que possam trazer contribuições sobre o assunto. Na Rádio UFMG Educativa (frequência 104,5 FM), o programa vai ao ar às quintas-feiras, às 18h, com reprise às sextas, às 7h30. Ele também está disponível nos aplicativos de podcast.