Em um período em que tanto se tem falado de distanciamento e isolamento social, um personagem que escolhe se isolar, em um processo de autoconhecimento, é o protagonista do romance As noites mais escuras do inverno, lançado neste mês, pelo jornalista Bruno Marques. 

O isolamento do personagem, um escritor sexagenário com uma carreira bem-sucedida, é apenas uma coincidência, já que o livro, que marca a estreia do autor na literatura, começou a ser escrito no começo do ano passado, quando nem sequer se imaginava que passaríamos por um longo período em que o isolamento seria forçado pela pandemia de um vírus até então desconhecido. 

Na obra de ficção escrita por Bruno Marques, o também escritor Miguel Luz decide se afastar de todos e se isolar em uma cabana, a fim de refletir sobre os próprios erros e acertos, em um espécie de confronto consigo mesmo. No romance, o escritor estreante também deixa evidentes algumas das suas principais influências literárias. Entre elas, Gabriel García Márquez, Ernest Hemingway, José Saramago, Machado de Assis, Franz Kafka, Fiódor Dostoiévski, Jean-Paul Sartre e Albert Camus.

No programa Noite Ilustrada, da Rádio UFMG Educativa, Bruno Marques, falou sobre a obra que marca sua estreia na literatura. A entrevista foi ao ar nesta quarta-feira, 26.