Arte e Cultura

Espetáculo no Espaço do Conhecimento une canções e brincadeiras tradicionais

Programação de sábado também terá contação de histórias sobre tribos indígenas e caça ao tesouro do conhecimento

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Cena de "Na Roda", do Grupo Maria Cutia
Luisa Monteiro

Um espetáculo com canções e brincadeiras do norte de Minas Gerais e do Vale do Jequitinhonha é a atração deste mês do projeto Multiverso do Espaço do Conhecimento UFMG. Na Roda será encenado neste sábado, 24, pelos atores do Grupo Maria Cutia, que tem a música, a palhaçaria e a linguagem das máscaras expressivas como elementos de sua formação artística. A apresentação tem início às 17h, e a entrada é gratuita.

O espetáculo é fruto de pesquisa sobre tradições brincantes das duas regiões e traz histórias cantadas construídas no encontro com o público, como a da fazenda habitada por animais que cantam e tocam instrumentos e a opereta protagonizada por Martim, Mariana e sua grande banda. Outra marca é o intenso diálogo com o público que, ao final, se une ao Grupo para brincar.

A trupe Maria Cutia foi criada em 2006, em Belo Horizonte, com trabalhos baseados em músicas regionais, brincadeiras populares e teatro de rua. Hoje, tem como marca registrada a música sempre executada ao vivo em seus espetáculos. Assista a trecho do Na Roda em apresentação na rua:

Histórias das aldeias 
A sociedade de hoje deve muito aos saberes construídos pelos ancestrais indígenas. A partir das experiências cotidianas, eles chegaram a conhecimentos que foram repassados oralmente para as gerações seguintes. Para não deixar esse aspecto da cultura se perder, o Espaço do Conhecimento UFMG promove a atividade Histórias das aldeias, às 15h. A classificação indicativa é livre, e a entrada é gratuita, bastando retirar senha na recepção do Espaço.

Atividade
Atividade valoriza história das culturas indígneasDivulgação

Narrativas que embasam a vida de algumas comunidades serão contadas aos visitantes, como a dos Guarani-Mbyá, que acreditam no deus Nnhamandu e seu esforço para formação do mundo. Já os Apinajé, que habitam a região central do Brasil, creem na Mulher Estrela, que desceu do céu para ensinar aos indígenas a se alimentarem de produtos da terra. Essas e outras histórias serão contadas como forma de valorização dessas culturas.

Caça ao tesouro
Fechando a programação de sábado, às 18h30, a exposição Demasiado humano será transformada em palco de uma caça ao tesouro. Fantasiados e carregando lupas e mapas, os visitantes vão percorrer todo o museu, em busca de pistas, na atividade Perdidos na Ilha do Conhecimento. A brincadeira é destinada a crianças entre 6 e 16 anos e tem participação gratuita, sendo necessário retirar senha na recepção.

A caça ao tesouro passa por vários temas abordados na exposição, como a pré-história, as grandes navegações, a geografia humana e a escrita. Assim, os participantes se divertem e, ao mesmo tempo, descobrem instrumentos de sobrevivência, registros e rastros de outras culturas.

Além das atrações culturais, o Espaço do Conhecimento sedia neste fim de semana um debate sobre a eficácia da vacina contra a febre amarela.

O Espaço do Conhecimento fica na Praça da Liberdade, 700, no bairro Funcionários.