Arte e Cultura

Exposição de acervo reafirma vocação da UFMG para valorização da arte

Trinta e duas obras de sua coleção podem ser vistas no saguão da Reitoria

Mostra reúne 32 obras do acervo artístico da UFMG
Mostra reúne 32 obras do acervo artístico da UFMG Foca Lisboa / UFMG

Artistas cujas obras compõem o acervo da UFMG e dirigentes da Universidade enfatizaram a importância de valorizar a arte e a cultura em momentos de crise e lembraram o papel importante da instituição, ao longo da sua história, no cenário da arte brasileira, durante o evento de abertura da exposição Olhar revisitado: reencontros e novas afetividades, na noite de quarta-feira, dia 3. A mostra, que reúne 32 obras – pinturas, esculturas, fotografias e desenhos – está montada no hall do prédio da Reitoria, no campus Pampulha.

Sandra Almeida: reencontro de gerações
Sandra Almeida: reencontro de gerações Foca Lisboa / UFMG

“Parte da longa história da UFMG é contada por essa exposição, que representa o reencontro de diferentes gerações”, afirmou a vice-reitora Sandra Goulart Almeida, ressaltando a força da ideia de “novas afetividades”. “Afetar é levar a ações, o que é fundamental em momentos mais difíceis.”

Sandra Almeida destacou a cultura como eixo importante para a construção de conhecimento, exaltou o acervo artístico da UFMG – “foram presentes que recebemos ao longo do tempo” – e disse esperar que a iniciativa traga “novas reflexões e formas de ação” para a comunidade acadêmica.

Leda Martins: políticas para conferir visibilidade ao patrimônio
Leda Martins: políticas para conferir visibilidade ao patrimônio Foca Lisboa / UFMG

A diretora de Ação Cultural, Leda Martins, afirmou que a arte “atiça a criatividade e estimula realizações” e que confia que iniciativas de exposição do acervo sirvam de “base para políticas que promovam o respeito e a visibilidade desse patrimônio”. Ela anunciou que nova exposição de obras do acervo será inaugurada em setembro.

O evento contou com a presença de artistas que têm obras escolhidas para a mostra, como Helio Siqueira, Yara Tupinambá, Jarbas Juarez, Andréa Lana, Leandro Gabriel, Luis Alberto Nemer, Carlos Wolney e Paulo Miranda, entre outros.

Aproximação afetiva

Os curadores da exposição, Rodrigo Vivas e Fabricio Fernandino, ambos professores da Escola de Belas Artes, falaram brevemente sobre o projeto. Vivas disse que a intenção é “reativar o acervo a partir de uma aproximação afetiva”. Fabrício chamou a atenção para o diálogo entre obras de épocas diferentes – peças contemporâneas de artistas integrantes e não integrantes do acervo foram incorporadas à mostra.

O artista Carlos Wolney lembrou que a UFMG sempre deu grande espaço à arte. “A Universidade promoveu, décadas atrás, salões que revelaram nomes hoje consagrados, como Jarbas Juarez, Yara Tupinambá e Álvaro Apocalypse. O cuidado com o acervo consolida esse trabalho de tanto tempo”, disse.

“Os salões universitários estiveram entre as ações mais instigantes para a arte brasileira. Além disso, a UFMG sempre valorizou a arte como categoria acadêmica e científica e como objeto de especulação de alta especialização”, reforçou Luiz Alberto Nemer. Ele salientou que a exposição tem a qualidade especial de revelar também a produção contemporânea de artistas que integram o acervo da Universidade. A exposição Olhar revisitado: reencontros e novas afetividades pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, até 16 de agosto.

Luiz Alberto Nemer: valorização da arte como dimensão científica
Luiz Alberto Nemer: valorização da arte como dimensão científica Foca Lisboa / UFMG

A TV UFMG produziu um vídeo sobre a mostra. Assista: