Expresso 104,5 conversa com a paratleta Cris Alves sobre capacitismo e paralimpíadas
Cristiane Alves é paratleta de halterofilismo do CTE/UFMG e número 2 do ranking brasileiro na categoria de até 50kg feminino
Começaram na terça-feira, 24, as Paralimpíadas 2021, o maior evento internacional de esporte para atletas com deficiências físicas e mentais. Segundo dados do IBGE de 2019, 25% dos brasileiros têm algum tipo de deficiência. Apesar de representarem uma porcentagem expressiva da população, ainda sofrem com problemas de acessibilidade, negligência e discriminação social.
O termo capacitismo, popularizado na década de 80, é utilizado para denominar o preconceito estrutural contra pessoas com deficiência. Achar que pessoas com deficiência são menos capazes e/ou questionar ao vê-las exercendo direitos comuns, como estudar, trabalhar e se relacionar socialmente, por exemplo, são tipos de pensamentos capacitistas.
A rotina de um paratleta, capacitismo e outras questões que envolvem ser uma pessoa com deficiência no esporte e na vida foram tema de entrevista no programa Expresso 104,5, da Rádio UFMG Educativa, nesta quinta-feira, 26. Na edição, o apresentador Filipe Sartoreto conversou com a paratleta Cris Alves. Ela falou sobre sua rotina como paratleta, discursos capacitistas e questões que envolvem ser uma pessoa com deficiência.
"Antes de me tornar paratleta, eu era operadora de caixa em um hipermercado. O meu treinador ia lá todos os dias para tentar me convencer a entrar no esporte, mas eu não aceitava. Um dia, decidi conhecer um pouco mais do trabalho dele e acabei me apaixonando pelo esporte. Em menos de três meses, eu fui pra Brasília e ganhei minha primeira medalha de ouro, em 2019", narrou Cris, sobre seu início no halterofilismo.
Ouça a entrevista completa no SoundCloud.
Produção: Flora Quaresma, sob orientação de Filipe Sartoreto
Publicação: Carlos Ortega, sob orientação de Hugo Rafael