Faculdade de Medicina lança cartilha com orientações para prevenção do suicídio
Conteúdo disponível na internet ajuda a identificar pessoas em risco e incentiva a busca por apoio médico e psicológico
A Faculdade de Medicina da UFMG lançou, nesta semana, a cartilha Setembro Amarelo – mês de prevenção ao suicídio. O material é direcionado a profissionais de saúde, pessoas em sofrimento psíquico, amigos e familiares, assim como para qualquer um que busca informações sobre prevenção ao suicídio.
O conteúdo foi escrito em linguagem acessível e ajuda a identificar pessoas em risco, a prevenir o ato, a incentivar a busca por apoio médico e psicológico, além de indicar caminhos para esse suporte.
A cartilha foi produzida pelo Centro de Comunicação Social (CCS) da Faculdade, com a revisão técnica em psiquiatria da professora do Departamento de Saúde Mental da Instituição, Tatiana Mourão. Segundo ela, por muito tempo o assunto foi visto com preconceitos, e a própria imprensa não veiculava informações sobre o suicídio. “Hoje temos uma visão diferente. Em geral, as pessoas prestes a cometer suicídio dão sinais, e essa divulgação ajuda a identificá-los e a mostrar que há possibilidade de buscar ajuda”, enfatiza.
Algumas dicas oferecidas pela cartilha:
Como ajudar?
Esteja em contato com amigos e familiares também dispostos a auxiliar a pessoa. Estabeleça uma rede social de apoio, que possa diminuir a sensação de solidão e a sensação de desesperança.
O que não dizer a uma pessoa em risco de suicídio?
Palavras e conselhos críticos têm efeito reverso. Em vez de criar um laço de confiança, aumenta a sensação de inadequação e de incompreensão. Não diga essas frases a quem está sofrendo: “Sua vida é muito boa”; “Você não deveria se sentir assim”; “Você precisa se esforçar mais; “Você precisa sair mais, se divertir, voltar à academia (e outras em tom imperativo); “Você ainda não melhorou?”; “Veja o caso de outra pessoa, que está pior do que você” ou “Isto é sua culpa.”
Quando procurar ajuda?
A ajuda é recomendada quando a pessoa se sente triste e desmotivada sem razão, com vontade de chorar sem motivo aparente, demonstra pessimismo e dificuldade de enxergar a realidade de forma positiva, não sente alegria ou prazer em atividades ou situações que antes lhe interessavam, experimenta mudanças no sono – seja dormindo pouco ou em excesso.