Institucional

Faculdade de Medicina lança obras e inaugura instalações

Unidade está implantando projeto pioneiro de eficiência energética

O reitor Jaime Ramírez, o diretor Tarcizo Nunes, a professora Rosália Torres e o vice-diretor Humberto Alves descerraram a placa do Ambiente Virtual de Aprendizado em Saúde do Século 21
O reitor Jaime Ramírez, o diretor Tarcizo Nunes, a professora Rosália Torres e o vice-diretor Humberto Alves descerraram a placa do Ambiente Virtual de Aprendizado em Saúde do Século 21 (Avas21)Carol Morena / Faculdade de Medicina

Em cerimônia realizada na Faculdade de Medicina, transmitida ao vivo em telões para o hall de entrada e para o quinto e sexto andares do prédio, foram lançados nesta segunda-feira, dia 12, projeto de eficiência energética e as obras das novas instalações do Laboratório de Simulação (Labsim). A solenidade também marcou a inauguração do Espaço Avas21 e do estúdio de vídeo do Centro de Tecnologia em Saúde (Cetes).

O reitor Jaime Ramírez destacou que esta foi a última cerimônia de que participaria no campus Saúde como dirigente máximo da UFMG. “Lembro-me de que há mais ou menos dois anos o professor Tarcizo [Nunes, diretor da Faculdade de Medicina] me procurou para apresentar a ideia inicial do projeto de eficiência energética. Eu disse a ele que se conseguíssemos implantá-lo na Faculdade de Medicina, que é a maior e mais complexa unidade da UFMG, a Universidade estaria dando um passo importantíssimo", afirmou.

“Se, por um lado, as companhias de energia precisam separar um percentual da sua receita para investir em eficiência energética, como a Cemig está fazendo muito bem, uma instituição como a nossa não tem essa obrigação, mas se trata de uma questão de formação”, acrescentou Ramirez. “É importante para uma instituição de ensino mostrar para a sociedade que os recursos, que são limitados, precisam ser usados com consciência”, defendeu. E acrescentou: “Tenho certeza de que poderemos estender essa iniciativa para as demais 19 unidades. Assim, a UFMG dará exemplo para outras universidades do estado e do Brasil“, afirmou.

Sobre os novos laboratórios e o Espaço Avas21, o reitor defendeu que é preciso "estar atentos às boas modificações, às mudanças e às boas rupturas que as tecnologias nos proporcionam". “É inegável que essa tecnologia apresentada aqui é um caminho sem volta. Por isso, mais uma vez, a Faculdade está de parabéns por ser referência”, frisou o reitor, que aproveitou a cerimônia para agradecer à vice-reitora Sandra Goulart Almeida, com quem dividiu as responsabilidades pela condução da UFMG nos últimos anos. Ela vai comandar a Universidade no próximo quadriênio.

O diretor da Unidade, Tarcizo Nunes, relembrou os passos iniciais da parceria com a Cemig para a viabilização do projeto de eficiência energética e falou da importância das novas tecnologias agregadas ao cotidiano de ensino. “O estúdio do Cetes, por exemplo, somado aos outros recursos da Faculdade, proporcionará um salto de qualidade ao ensino a distância e aos treinamentos realizados no âmbito do SUS", garantiu.

Pioneirismo
O engenheiro Ernane Souza, sócio-proprietário da empresa licitada para executar o projeto de eficiência energética, disse que a iniciativa é carregada de simbolismo. “Trata-se de um projeto pioneiro porque torna possível que cada consumidor comece a gerar sua própria energia, em um sistema nacional, regulamentado por leis e pela Aneel. Se falássemos disso há cinco anos, seria utopia. Agora, virou realidade”, enfatizou.

De acordo com Souza, a Biblioteca J. Baeta Vianna vai gerar 100% da energia que consome por meio de um sistema próprio de energia fotovoltaica. "Isso representa uma mudança de paradigma da matriz energética brasileira. Iniciativas como essa contribuem para diminuir a necessidade de pôr em funcionamento centrais geradoras de energias não limpas”, argumentou Souza.

O projeto já está na fase de execução, com a troca de praticamente todas as 5,3 mil lâmpadas da Faculdade e da Biblioteca J. Baeta por outras de Led e o treinamento da equipe. 

Laboratório de Simulação
Em uma visita virtual às novas instalações do Laboratório de Simulação (LabSim), a arquiteta da Faculdade, Eneida Ricardo, mostrou as plantas da obra que começou a ser executada no terceiro andar do prédio. Com 1.380 metros quadrados, o espaço abrigará miniauditório, enfermaria, 15 salas-consultórios e quatro salas de simulação com debriefing [conceito que associa o aprendizado à experiência], que podem ser usadas por duas turmas ao mesmo tempo. O acesso será feito por elevador e por duas escadas.

O andar também será ocupado por espaço de convivência, armários para os alunos, almoxarifado, salas para coordenação, banheiros e vestiários. As novas instalações também serão equipadas com manequins de alta complexidade para treinamento nas áreas de atenção básica e atendimento pré-hospitalar. “O novo laboratório deverá aumentar de cinco a seis vezes a nossa capacidade de atendimento. Espero que possa ser usado dentro de dois anos”, projetou o diretor Tarcizo Nunes.

Quarta revolução industrial
O professor e coordenador do Centro de Tecnologia em Saúde (Cetes), Cláudio de Souza, discorreu sobre os desafios que o órgão enfrenta com a crescente necessidade de modernização tecnológica exigida pelo ensino. "Precisamos preparar nossos alunos para a quarta revolução industrial, que é o uso da tecnologia de informação e comunicação em áreas como saúde e educação”, afirmou. “Tenho convicção de que vai mudar a forma de a medicina ser exercida profissionalmente, e é necessário que a Faculdade se modernize para acompanhar esses avanços”, defendeu Cláudio de Souza, citando áreas como cirurgia robótica, realidade virtual aumentada, realidade pura e inteligência virtual

A professora e coordenadora do Ambiente Virtual de Aprendizado em Saúde do Século 21 (Avas21), Rosália Torres, explicou que o programa tem o objetivo de estabelecer uma política de ensino mediado por tecnologias. “É missão do Avas21 enfrentar o desafio de conhecer e refletir sobre o uso das tecnologias disponíveis para o ensino e aprendizado na área da saúde, além de estabelecer espaços democráticos nos quais a comunidade acadêmica tenha oportunidade de criar, implementar, organizar, avaliar e consolidar a melhor forma de usar ferramentas tecnológicas para reformulação das suas metodologias de ensino, pesquisa e extensão", analisou Rosália.

Com Assessoria de Comunicação da Faculdade de Medicina