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Festival de Verão discute racismo, transfobia, ações afirmativas e permanência na Universidade

Roda de conversa "Superando o racismo e a transfobia: ações afirmativas e permanência na Universidade" será realizada nesta quinta

Número de estudantes negros já superam brancos nas universidade públicas, mas o racismo ainda é um desafio no ambiente acadêmico
Número de estudantes negros já superam o de brancos nas universidade públicas, mas permanência ainda é desafioReprodução

No ano passado, o número de estudantes negros superou o de brancos nas universidades públicas pela primeira vez na história. Mas estes dados do IBGE não se refletem no mercado de trabalho, onde a população negra ainda recebe bem menos que a população branca. De acordo com outra pesquisa do IBGE, a diferença entre o rendimento médio dos trabalhadores brancos e dos negros ultrapassa 1000 reais, e quase 50% dos trabalhadores informais do país são negros. Outro grupo que sofre para conseguir estudo e trabalho é a população trans. Segundo a Associação Nacional de Travestis e Transexuais, esse grupo ocupa apenas 0,1% das vagas das universidades federais e, por conta do preconceito e da falta de oportunidades, 90% das pessoas trans acabam recorrendo à prostituição pelo menos uma vez na vida. Propondo um debate e reflexão sobre todas as dificuldades que esses grupos enfrentam, o 14º Festival de Verão UFMG promove, nesta quinta, 6, uma roda de conversa com o tema "Superando o racismo e a transfobia: ações afirmativas e permanência na Universidade". Participam do bate-papo diversos atores sociais que vão trazer um panorama das políticas que procuram garantir direitos e igualdade de oportunidades para as populações negras, indígenas e LGBTQI+, principalmente no contexto das universidades públicas.


O estudante de filosofia da UFMG e ativista do Movimento Negro Universitário, Alisson Alves, que participa da roda de conversa, conversou com o programa Expresso 104,5, da rádio UFMG Educativa, nesta quarta-feira, 5.

Ouça a conversa com Filipe Sartoreto

A roda de conversa desta quinta-feira, 6, sobre racismo, transfobia e permanência na universidade terá a participação de Daniely Fleury, diretora de política de ações afirmativas na Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFMG; de Beatriz Campos, estudante de geografia da UFMG e bolsista com um projeto de pesquisa sobre a permanência de pessoas trans na UFMG e do Alisson Alves, estudante de Filosofia pela UFMG e ativista do Movimento Negro Universitário. A roda de conversa Superando o racismo e a transfobia: ações afirmativas e permanência na Universidade é nesta quinta, 6, às 15h30, no Centro de Referência da Juventude, o CRJ - Rua Guaicurus, 50, Centro.  O evento é aberto ao público e terá interpretação em Libras. Para mais informações, acesse ufmg.br/festivaldeverao.

Produção: Célio Ribeiro, sob orientação de Hugo Rafael e Luíza Glória