Festival entrelaça cultura e arte de povos indígenas do México e de Minas Gerais
Programação conta com entrevistas com artistas, espetáculos de danças, shows de cantos e oficinas
“Ninguém pode amar o que não conhece”. Essa é a ideia que orienta o Festival México Mágico. Com uma programação totalmente gratuita, a segunda edição do evento promove um intercâmbio cultural entre povos indígenas do estado de Oaxaca, no México, e de Minas Gerais. Além de entrelaçar os saberes e as experiências ancestrais desses povos, o Festival propõe apresentar esse conhecimento por meio da arte que eles produzem há tanto tempo mas, mesmo assim, permanece desconhecida.
Até domingo, 20, serão transmitidas apresentações artísticas, cantos e danças indígenas, oficinas, aulas e até mesmo um concurso. Entre os convidados do evento, estão Erika Valero Tlazohitiani, cantora e dançarina mexicana que utiliza instrumentos ancestrais, e Nei Leite Xakriabá, educador que vive na Aldeia Barreiro Preto, em São João das Missões, e produz arte em cerâmica. Apresentações artísticas, palestras, documentários e entrevistas realizadas com artistas e estudiosos dessas culturas, além de um concurso de pinturas, tudo organizado e transmitido pela Casa Nawi.
O programa Noite Ilustrada desta sexta-feira, 18, convidou Carolina Lara, diretora da Casa Nawi, que produz o festival. Durante a entrevista, ela falou sobre a história das iniciativas de preservação, resgate e valorização das culturas indígenas, que culminaram no Festival, e também explicou o nome do festival.
“A Casa [Nawi] já fez outros festivais, todos com o intuito de resgate dessas culturas ancestrais. Quando a gente vai no México, nós vemos como as culturas são respeitadas e valorizadas lá, e a gente encontra coincidências, pontos em comum entre as culturas. E o intercâmbio [México e Minas] surge da ideia de que há muito o que se aprender sempre”
Produção: Maron Filho e Enaile Almeida, sob orientação de Luíza Glória e Hugo Rafael
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael