Pesquisa e Inovação

Grupo da Comunicação pesquisa impactos da pandemia no meio musical

Projeto 'Música em tempos de pandemia: o impacto da covid-19 no meio artístico' começou a ser desenvolvido em agosto de 2020

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista internacional Frontiers in Sociology
Resultados da pesquisa foram publicados na revista internacional 'Frontiers in Sociology'Reprodução / Pexels

O setor cultural tem sido um dos mais afetados pela pandemia da covid-19. Os espaços e eventos culturais foram alguns dos primeiros a terem suas atividades suspensas, e, mesmo com a reabertura parecendo estar cada vez mais próxima, ainda não há uma previsão de quando ela pode ocorrer. A situação parece ainda mais complicada para quem trabalha no campo da música, já que shows, concertos ou mesmo apresentações menores são atividades que, naturalmente, levam a aglomerações de pessoas. 

A fim de identificar e entender esses impactos, dificuldades e desafios, o Grupo de Pesquisa em Sonoridades, Comunicação, Textualidades e Sociabilidade (Escutas), do Departamento de Comunicação Social da UFMG, desenvolveu, desde agosto do ano passado, a pesquisa Música em tempos de pandemia: o impacto da covid-19 no meio artístico. Essa investigação foi tema de entrevista no programa no Expresso 104,5 no ano passado, enquanto ainda estava em sua primeira fase. Agora, com a primeira etapa concluída, traz resultados que mostram um cenário de redução salarial, mudanças de carreira e desafios na adaptação para o digital, assim como prejuízos diferenciados com base em gênero, sexualidade, raça e etnia, geração e classe.

A professora Graziela Mello Vianna, do Departamento de Comunicação Social da UFMG e coordenadora do Escutas, foi a convidada do programa Expresso 104,5 desta terça-feira, 20, para falar sobre os resultados da primeira fase da pesquisa e também sobre as próximas etapas. 

“Se a gente pensa que a estabilidade financeira [dos profissionais da área] já era frágil antes da pandemia, com os eventos sem poder acontecer essas pessoas ficaram com dificuldade de investimento e qualificação na área e para as adaptações necessárias. Com a pandemia, essas minorias tiveram a situação ainda mais precarizada”, contou. 

Produção: Alexandre Miranda, sob orientação de Filipe Sartoreto
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael