Saúde

HC adere a projeto que amplia segurança da assistência ao paciente

Índice de infecções caiu mais de 20%

Participantes do projeto reunidas no corredor do Hospital
Equipe do HC que atua no projetoArquivo / Hospital das Clínicas

As terapias intensivas para adultos do Hospital das Clínicas da UFMG (HC-UFMG), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), reduziram em 44% os óbitos associados a infecções relacionadas à assistência à saúde e em 22% o número de pacientes com algum tipo de infecção. Houve também queda de 30% no número de infecções da corrente sanguínea associadas a cateter venoso central.

Esses são alguns dos resultados do projeto Melhorando a segurança do paciente em larga escala no Brasil, coordenado pelo Ministério da Saúde. Para alcançá-los, o Hospital das Clínicas adotou medidas como revisão de protocolos relacionados ao controle de infecções, corrida multiprofissional estruturada e implantação de check-list de inserção e manutenção de cateter venoso central. Implantação da visita estendida, divulgação dos indicadores de segurança do paciente e melhoria dos equipamentos foram outras providências. As intervenções propostas visam reduzir à metade a incidência das infecções de corrente sanguínea associadas à assistência à saúde.

O projeto é desenvolvido por profissionais de diferentes áreas que recebem treinamentos contínuos presenciais e virtuais. O projeto tem a parceria do Institute for Healthcare Improvement (IHI), dos EUA, e reúne, no Brasil, seis hospitais filantrópicos, 120 instituições vinculadas ao SUS, além dos hospitais Sírio-Libanês (SP), Israelita Albert Einstein (SP), Alemão Oswaldo Cruz (SP), Hospital do Coração (SP) e Moinhos de Vento (RS). Todas as instituições participantes devem seguir os protocolos e pacotes de mudanças propostos e adotar metodologia para mensurar os resultados obtidos.

Prevenção e redução de gastos
A iniciativa do Ministério da Saúde pretende evitar cerca de 8,5 mil eventos adversos seguidos de morte por ano nas UTIs brasileiras participantes e reduzir em R$ 1,2 bilhão os gastos relacionados ao aumento do tempo de permanência do paciente nos leitos e à utilização de insumos. Estima-se que, no Brasil, a taxa de infecções hospitalares alcance 14% das internações. A maior parte é provocada por micro-organismos presentes no próprio paciente ou no meio ambiente que se aproveitam da fragilidade do sistema de defesa do organismo. As infecções relacionadas à assistência à saúde são prevalentes, graves e evitáveis.

Com Assessoria de Comunicação do Hospital das Clínicas da UFMG