Exposição conta história de grupo estudantil que resistiu ao nazismo
'A rosa branca' será aberta nesta quinta-feira, dia 9, no Centro de Memória da Fale
O Centro de Memória da Faculdade de Letras (Cememor) abrirá sua nova exposição, A Rosa Branca: a resistência de estudantes contra Hitler – Munique 1942/1943, nesta quinta-feira, 9, sob a curadoria do professor alemão Volker Jaeckel. Ela reúne materiais que apresentam a história e as ações de estudantes na Alemanha nazista. Na abertura, às 19h, também será exibido documentário sobre o tema.
A data de 9 de novembro é conhecido internacionalmente como o Dia do Destino. Vários fatos marcantes da história alemã ocorreram nesse dia, como a queda do Muro de Berlim, em 1989, o início do Holocausto, em 1938, e a primeira aparição do Partido Nacional Socialista Alemão, em 1923.
A exposição é fruto de parceria entre o Instituto Goethe e a Fundação Rosa Branca, de Munique, nome de um grupo de resistência criado por seis estudantes da Universidade de Munique, cuja principal ação foi produzir e distribuir panfletos contra o regime nacional-socialista de Adolf Hitler. “A rosa branca” era uma espécie de assinatura de quatro dos seis panfletos distribuídos pelo grupo, por seus amigos e conhecidos que ajudaram a propagar as mensagens contra a ideologia nazista.
Até 12 de dezembro, os visitantes poderão apreciar os 17 painéis que apresentam a história, as ações e o conteúdo dos panfletos escritos pelos jovens. Além disso, poderão se conscientizar sobre a importância do grupo e sua coragem em contrapor-se a um regime cruel de repressão.
Os resistentes
Na sala 2001 da Faculdade de Letras, às 19h, será exibido Os resistentes: testemunhas da Rosa Branca. Sob a direção de Katrin Seybold, cineasta alemã e diretora de documentários, o documentário reúne entrevistas de 14 testemunhas, entre amigos e familiares do grupo de resistência estudantil ao regime nacional-socialista, que atuou de junho de 1942 a fevereiro de 1943.
Pela primeira vez, eles relatam seu envolvimento em campanhas informativas, relembram os interrogatórios da polícia secreta (Gestapo) e falam dos julgamentos dos membros do grupo pelo chamado Tribunal do Povo. A produção retrata a relevância da célula que foi acusada de traição pelos líderes do nacional-socialismo e o papel decisivo dos estudantes que deram origem a ela.
A exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 21h. Para participar da abertura e assistir ao filme, não é necessário se inscrever previamente. Haverá emissão de certificado. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3409-5108.