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Livro registra história e tradição da Festa de Nossa Senhora do Rosário

Tricentenária Festa do Rosário é hoje patrimônio cultural da história de Minas e do Brasil

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“O que não está escrito, o vento leva”. Foi pensando nessa sábia frase de sua mãe, Dona Lucinha, que a historiadora Márcia Clementino Nunes resolveu contar a história da fé de negros escravos em Nossa Senhora do Rosário. A santa faz parte de uma tradição cristã e branca, mas é considerada protetora dos pretos de Minas Gerais.

A narrativa construída pela historiadora explica a concretização de um antigo rito, a tricentenária Festa do Rosário, que hoje é patrimônio cultural da história de Minas e do Brasil. O livro Festa do Rosário do Serro ilustra a complexidade dessa fé, traduzida em danças, batidas de tambor, fantasias e música.

A comemoração, que surgiu como uma forma de resistência à escravidão, é um teatro que narra a história colonizadora do estado e do país. A tradição reúne catopês, caboclos e marujos, grupos que dançam por devoção a Nossa Senhora do Rosário.

A historiadora Márcia Clementino Nunes falou sobre o livro que explora a tradição da Festa de Nossa Senhora do Rosário, em entrevista ao programa Universo Literário, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 11.

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O evento de lançamento do livro é nesta terça, às 19h, na Biblioteca Pública Estadual de Minas Gerais, que fica no entorno da Praça da Liberdade. Outras informações podem ser consultadas no site da biblioteca ou obtidas pelo telefone (31) 3269-1204.

Produção de Maitê Louzada e Gabriela Sorice, sob orientação de Hugo Rafael e Luíza Glória