Maio Roxo: doenças inflamatórias intestinais aumentaram quase 15% ao ano no Brasil
Pesquisa recém publicada mostra que o número de casos triplicou entre 2008 e 2017
Você tem dado a devida importância à saúde do seu intestino? Em qual lugar você acha que ele estaria na hierarquia dos principais órgãos do corpo humano? Estamos no Maio Roxo, mês de conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais, também conhecidas como DII. Neste grupo, temos a retocolite ulcerativa, que acomete o intestino grosso e reto, e a doença de Crohn, que pode atingir todo o trato digestório, desde a boca até o ânus.
A campanha do Maio Roxo chama atenção para a importância do diagnóstico precoce. Ambas são enfermidades que não têm cura, mas detectar o quadro o quanto antes permite um tratamento mais efetivo e melhor qualidade de vida ao paciente. No mundo, doenças inflamatórias intestinais podem atingir 5 milhões de pessoas, de acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP). Um estudo divulgado pela entidade, que teve como um dos autores um de seus membros titulares, Paulo Gustavo Kotze, publicado em 2021, revelou que os casos de doenças inflamatórias intestinais aumentaram quase 15% ao ano, em média, no Brasil de 2012 a 2020. Outra pesquisa mapeou a incidência das DII entre os anos 2008 e 2017 e apontou que ela mais do que triplicou no período. Um dos autores desse levantamento, publicado neste ano, conversou com o programa Conexões, nesta segunda-feira, 23. A jornalista Luiza Glória conversou com Luiz Felipe de Campos Lobato, Professor adjunto de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), e membro Titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia.
Ouça a conversa: