Matemático da UFMG investiga polinômios adequados para criptografia
Lucas da Silva Reis venceu o Grande Prêmio de Teses na área de Ciências Exatas
A criptografia estuda a construção de algoritmos matemáticos que codifica dados enviados pelo usuário em algum meio digital de comunicação, a fim de que essas informações só possam ser lidas pelo seu destinatário. É utilizada, por exemplo, com o intuito de evitar roubos de dados ou de senhas em navegadores de internet, sistemas de cartões de crédito, aplicativos de bancos ou de mensagens.
“Embaralhando seu conteúdo, a criptografia reforça a segurança de uma mensagem ou um arquivo contra invasores”, explica o matemático Lucas da Silva Reis, recém-empossado no cargo de professor adjunto no Departamento de Matemática do Instituto de Ciências Exatas da UFMG. “Dessa forma, a decodificação de uma mensagem criptografada requer também uma chave específica, que pode ser formada por um conjunto de polinômios – expressões algébricas compostas de números (coeficientes) e letras (partes literais). Somente o remetente e seu destinatário detêm essa chave”, completa.
Segundo Lucas Reis, a instalação desse “embaralhamento” pode ser executada por meio dos “polinômios de permutação”. Durante seu doutorado em Matemática, ele estudou a existência e a construção de polinômios mais adequados para esse processo. Sua pesquisa, Contemporary topics in finite fields: existence, characterization, construction and enumeration problems, venceu, no último mês de outubro, o Grande Prêmio de Teses da UFMG, no grupo das Ciências Exatas e da Terra e Engenharias.
O trabalho foi abordado em matéria publicada na edição 2.079 do Boletim UFMG, que circula nesta semana.