Notícias Externas

Morte de Lúcio Cardoso completa 50 anos

O escritor mineiro dedicou-se também às artes plásticas, ao teatro e ao cinema

Capa do livro Crônicas da Casa Assassinada
Capa do livro Crônicas da Casa Assassinada Editora Civilização Brasileira / Record

Nesta sexta-feira trazemos à lembrança os 50 anos de morte de um grande escritor mineiro, Lúcio Cardoso. Nascido na cidade de Curvelo em 1912, Lúcio teve uma formação rígida, sob tutela dos ríspidos valores da tradicional família mineira. Homossexual assumido, entrou em franco conflito com as castrações implicadas na sua criação.
Em crônica publicada em 1969 no Jornal do Brasil, Clarice Lispector o chama de “corcel de fogo encantado, sem limite para o seu galope”, o que talvez defina a personalidade do escritor. A autora de origem ucraniana foi completamente apaixonada pelo mineiro, amor não correspondido que, supõe-se, levou Clarice a cultivar a solidão, estado humano fundamental para a atividade literária.
O programa Universo Literário conversou com a Ruth Junqueira Brandão, professora da Faculdade de Letras da ufmg, para saber mais sobre a vida, a obra e o legado desse escritor.
A professora comentou a importância da obra do autor para a literatura brasileira e para Minas Gerais, destacando o livro Crônicas da Casa Assassinada e o seu enredo. “A casa é uma espécie de metáfora e metonímia de Minas Gerais e da decadência de uma certa região que não se sabe exatamente”, comenta Ruth Junqueira. A obra ganhou filme, o que ajudou a difundir a obra do Lúcio Cardoso.

ouca-a-conversa-com-michelle-bruck-28-09-2018.mp3

De grande importância para a cultura mineira, Lúcio foi poeta, romancista, dramaturgo e jornalista. Dedicou-se também às artes plásticas, ao teatro e ao cinema. Muitas de suas produções podem ser encontradas na Internet, além de informações biográficas e valiosas entrevistas de pessoas que conviveram com ele. Sua grande obra, Crônica da Casa Assassinada, pode ser encontrada em sebos, bibliotecas e livrarias de rua, ou pelo site da editora Civilização Brasileira, do Grupo Editorial Record.

Produção: João Rezende, sob orientação de Hugo Rafael e Luíza Glória