Institucional

Obra do CNVacinas utiliza recursos inovadores para reduzir impacto ambiental

Projeto conduzido pela Fundep emprega ‘formas incorporadas’ na fundação do prédio; centro será referência na produção de imunizantes, kits diagnósticos e fármacos

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Formas incorporadas usadas na fundação do prédio substituem materiais tradicionaisFoto: Arquivo Fundep

A construção do Centro Nacional de Vacinas (CNVacinas), que começou em dezembro de 2022, acompanha as inovações no setor da engenharia civil, com o emprego de práticas sustentáveis que visam preservar o meio ambiente. Um dos destaques do projeto é a utilização de formas incorporadas na fundação do prédio, material ainda pouco difundido, mas que já ganha espaço nas construções devido ao seu baixo impacto na natureza e a sua praticidade de uso. 

O projeto, que conta com gestão administrativa e financeira da Fundep, tem aporte de R$ 80 milhões (R$ 50 milhões do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e R$ 30 milhões do governo de Minas). A Fundação de Apoio da UFMG também é responsável pela execução da obra – que está prevista para terminar em 2025 –, atuando na contratação de profissionais e compra de materiais, entre outros processos. 

Integrante da equipe do projeto, o engenheiro Robson Pereira destaca que a iniciativa, além de utilizar materiais sustentáveis, busca aplicar boas práticas para otimizar o tempo de serviço, como o uso de drones para o monitoramento do canteiro de obras. “Com a visão aérea proporcionada pelos drones, será possível localizar falhas não percebidas por quem está no solo. Assim, vamos conseguir corrigi-las com maior facilidade e rapidez, antes que prejudiquem o cronograma do projeto.” 

Sem desperdício
Também conhecida como ”forma perdida”, a forma incorporada é uma inovação sustentável que substitui os materiais tradicionais utilizados nas construções. Trata-se de painéis de aço galvanizado com perfurações entregues com espaçadores plásticos e grampos galvanizados para aplicação permanente em substituição às formas convencionais temporárias.

Além de reduzir o impacto ambiental, ela otimiza o tempo de trabalho – porque dispensa o serviço de desforma – e propicia maior proteção para as estruturas de concreto. Sua utilização também reduz custos com descarte. Na obra do CNVacinas, que está sendo erguido em terreno de 4,4 mil metros quadrados no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), foram empregados 1,6 mil metros quadrados de formas incorporadas.

Segundo o técnico de segurança Jorge dos Santos, materiais tradicionais, como a madeira, prejudicam o meio ambiente. “No momento em que a madeira é retirada da natureza, parte dela é perdida. Ao chegar à serralheria, perde-se mais um pedaço. Para ser utilizado na fundação, o material precisa ser cortado novamente e, ao final, é descartado. Do início ao fim do processo, perdemos fragmentos do recurso. Por isso, o uso da forma incorporada é tão importante”, explica o profissional, que colabora com a Fundep há cerca de 20 anos. Ele já participou de projetos nas escolas de Engenharia e de Veterinária, nos institutos de Ciências Exatas (ICEx) e de Geociências (IGC) e no Centro de Tecnologia de Nanomateriais (CTNano), instalado no BH-TEC.

Planta da sede do CNVacinas: previsão de inauguração em em 2025
Planta da sede do CNVacinas, parceria entre a UFMG, o MCTI e o governo de Minas GeraisImagem: Divulgação

  

CNVacinas e a saúde única 

O Centro Nacional de Vacinas é um projeto que surgiu de convênio, assinado em dezembro de 2021, pela UFMG, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo governo de Minas Gerais. 

A proposta da iniciativa é de absorver e ampliar as atividades do Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da UFMG, localizado no BH-TEC. Assim, será possível acelerar o desenvolvimento de vacinas, imunobiológicos e testes de diagnóstico para doenças humanas e veterinárias dentro do conceito One Health (Saúde Única), contribuindo para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para o desenvolvimento socioeconômico do país. 

Com Assessoria de Comunicação da Fundep