Pesquisa e Inovação

Obras se apropriam de histórias épicas para questionar ideia de heroísmo

Historiadora mostra como, da Grécia antiga ao século 20, autores se inspiram em textos como a 'Odisseia' para subverter sentidos

Odisseu na gruta de polifemo
'Odisseu na gruta de polifemo', de Jacob Jordaens (séc. 16)Museu Pushkin /  Domínio público

Ulisses e Aquiles, os personagens criados por Homero na Grécia antiga, disputam desde o século 8 antes de Cristo o posto de grande herói da tradição ocidental. E eles têm sido, ao mesmo tempo, referências fundamentais, ao longo dos séculos, para releituras que questionam essa tradição.

No livro Heróis antigos e modernos: a falsificação para se pensar a História (Fino Traço), Lorena Lopes da Costa mostra como peças de Eurípedes e Sófocles, do século 5 antes de Cristo, e romances de quatro autores franceses do pós-Primeira Guerra Mundial, todos ex-combatentes, “reescrevem” as histórias de herói. 

“Essas obras, em contextos muito diferentes e cada uma a seu modo, apropriam-se de personagens do ciclo épico grego para reformular sentidos e valores, como o do heroísmo”, afirma a autora, que publica agora sua tese de doutorado, escolhida a melhor de 2016 pelo Programa de Pós-graduação em História da UFMG.

Leia a matéria sobre o livro, na íntegra, publicada na edição 2.032 do Boletim UFMG

Itamar Rigueira Jr. / Boletim 2032