País soberano precisa investir em ciência e tecnologia, afirmou Jaime Ramírez na abertura de congresso de pós-graduandos
![Foca Lisboa / UFMG Jaime Ramírez: país em situação delicada](https://ufmg.br/thumbor/UP5SVCkZ4cUfiKS9Vf5a-PgaFpQ=/151x0:2110x3004/352x540/https://ufmg.br/storage/0/a/8/9/0a89c568634b129d8b273612e5ec56aa_14658474072672_262800794.jpg)
Na abertura do 25º Congresso Nacional de Pós-graduandos (CNPG), na manhã da última sexta-feira, 10, no campus Pampulha, o reitor Jaime Ramírez destacou a necessidade de que encontros de estudantes discutam o atual momento político brasileiro. Com o tema Pós-graduandos em defesa da democracia para superar a crise e conquistar mais direitos, o evento vai debater, além do papel social do pós-graduando, o modo como as mudanças políticas do governo provisório afetam o ensino e a pesquisa do país.
“O nosso país vive uma situação delicada, complexa e arriscada. Estão ocorrendo retrocessos, e a fusão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação com o Ministério das Comunicações é um novo arranjo que não interessa à sociedade. É importante, pois, que estudantes de pós-graduação reflitam sobre cenário, que não pode ser desconsiderado pela comunidade acadêmica”, disse o reitor.
Ramírez reafirmou a disposição da UFMG em lutar por um ministério exclusivo e pela manutenção de uma política de Estado para a área de CT&I. “Se o governo sinaliza que vai mudar a obrigatoriedade de recursos destinados à saúde e à educação, não tenho dúvidas de que teremos reduções de recursos. Não podemos aceitar o retrocesso, se temos a intenção de construir um país mais igualitário. Qualquer país que queira ser soberano e justo precisa investir mais em educação, ciência, tecnologia e saúde”, afirmou.
![Foca Lisboa / UFMG Tamara Naiz: importância da participação dos pós-graduandos no debate](https://ufmg.br/thumbor/b5iujAaQlfbYO8RFiNRbFEAsEQ8=/43x0:2002x3004/352x540/https://ufmg.br/storage/f/1/7/5/f175c69cd27ecf41da0bc4ccbfaf7edb_14658474607359_2135994151.jpg)
Segundo a presidente da Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG), Tamara Naiz, os estudantes de mestrado e doutorado têm papel importante no debate político atual. “Em 1996, quando realizamos o primeiro congresso, nossa intenção era fortalecer o ensino de pós-graduação no Brasil. Agora temos certeza de que o ciclo iniciado há 20 anos não pode ser interrompido, daí a necessidade de lutarmos contra essas mudanças”, disse.
Também participaram da abertura do congresso o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do governo de Minas Gerais, Miguel Corrêa, o vice-presidente da Associação Nacional de Pós-graduandos, Cristiano Moraes Junta, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Evaldo Ferreira Vilela, a secretária adjunta regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Luana Bonone, e a presidente da União Estadual dos Estudantes de Minas Gerais, Luanna Ramalho.