Parlamentares cobram abertura de inquérito para apurar excessos em operação na UFMG
Em visita à Reitoria, deputados avaliaram que condução coercitiva de dirigentes foi ilegal e cobram posicionamento da PGR, STF e MEC
Integrantes da bancada mineira na Câmara dos Deputados estiveram hoje na UFMG para obter mais informações sobre a operação da Polícia Federal que conduziu coercitivamente oito dirigentes e servidores da Universidade para prestar esclarecimentos em um processo para o qual não haviam sido intimados a depor. Entre os dirigentes conduzidos na semana passada, estão o reitor Jaime Ramírez e a vice-reitora Sandra Goulart Almeida.
Os deputados federais Reginaldo Lopes e Margarida Salomão, do PT, que integram a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, e a deputada federal Jô Moraes, do PC do B, foram recebidos por Jaime Ramírez e Sandra Goulart Almeida.
Os parlamentares afirmaram ter protocolado uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a abertura de um inquérito policial para apurar excessos na condução da operação. Eles também pretendem cobrar esclarecimentos do Ministério da Educação (MEC) e do Supremo Tribunal Federal (STF). "Esses excessos têm que ser apurados", declarou a deputada Jô Moraes logo após a reunião com o reitor e a vice-reitora no campus Pampulha.
"Estamos defendendo a autonomia e a integridade da universidade pública brasileira. Vamos procurar a presidenta do STF, ministra Cármen Lúcia, para que ela também possa rever esses procedimentos de condução coercitiva sobre os quais pairam dúvidas sobre a sua constitucionalidade", afirmou a deputada Margarida Salomão em entrevista à imprensa.