Pesquisa e Inovação

Pesquisadores se reúnem neste mês para discutir o uso do marfim africano no mundo atlântico

Imagem de Santo Antônio (Toni Malau), datada do século 18 e produzida em marfim (inciso de hipopótamo) por povos do Congo
Imagem de Santo Antônio (Toni Malau), datada do século 18 e produzida em marfim (inciso de hipopótamo) por povos do Congo The Metropolitan Museum of Art

Nos dias 22 e 23 de maio , o Museu Mineiro abrigará a segunda edição do Seminário Internacional de Pesquisa, que neste ano tem como tema Marfim africano no espaço atlântico: circulação, manufatura e colecionismo. O evento apresentará os resultados de pesquisa sobre o tema desenvolvida por pesquisadores brasileiros e estrangeiros sob várias perspectivas: sociais, historiográficas e estéticas. Conheça a programação do evento.

A pesquisa que dá origem ao evento, Marfim africano no Mundo Atlântico, uma reavaliação do marfim luso-africano surgiu da vinda do professor José da Silva Horta (que também participará do seminário) do Departamento de História da Faculdade de Lisboa, após convite para assumir cátedra do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares da UFMG.

Durante a visita do pesquisador, surgiu a ideia do desenvolvimento de um trabalho conjunto, internacional e interdisciplinar. Resultados preliminares desse estudo foram abordados em 

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Ao todo, 17 pesquisadores, entre professores da UFMG, de outras instituições nacionais, da Universidade de Lisboa e das universidades americanas de Yale, Wesleyan e Chicago, participarão do evento. Da UFMG participam professores da Fafich e das escolas de Belas-Artes (EBA) e de Ciência da Informação (ECI).

Com recorte temporal – dos séculos 16 ao 19 –, serão abordados temas como Comércio e circulação do marfim nos espaços atlântico e índico; O marfim no contexto social africano: usos e costumes; Marfins africanos e orientais no Brasil: estudos sobre a imaginária sacra em marfim à luz dos diálogos culturais e A imaginária religiosa de marfim em Minas Gerais: confluências de técnicas construtivas e padrões iconográficos.

A comissão organizadora do seminário é formada pelos professores Eduardo Paiva e Vanicléia Santos, da Fafich, Yacy-Ara Froner, da EBA, e René Lommez, da ECI. A promoção é do Centro de Estudos Africanos da UFMG, do Centro de História e do Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Os interessados em acompanhar o seminário poderão obter informações e se inscrever como ouvintes pelo e-mail marfimnahistoriamoderna@gmail.com. O valor das inscrições é R$30 para estudantes e R$80 para interessados em geral.

O Museu Mineiro fica na Avenida João Pinheiro, 342, no centro de Belo Horizonte.