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Por que um terremoto na Bolívia pode ser sentido em Belo Horizonte?

O terremoto com magnitude de 6.8 teve reflexos também no Distrito Federal, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul

Servidores deixaram prédio em Brasília, após tremor de terra
Servidores deixaram prédio em Brasília, após tremor de terra José Cruz/Agência Brasil

O prédio comercial na rua Timbiras, no Barro Preto, Belo Horizonte, chegou a ser esvaziado por conta do tremor que foi sentido por pessoas que estavam entre o sexto e o décimo andar. Mas a vistoria dos bombeiros constatou que não passou de um susto e liberou o acesso ao edifício.

Além de Belo Horizonte, aqui em Minas Gerais foram registrados relatos de tremor de terra em Uberlândia e Araxá, reflexo do terremoto de magnitude intermediária, 6.8 graus na escala Richter, registrado na Bolívia há mais de 1.500 km de distância. Por ser localizada em um encontro de placas tectônicas, a região Andina, onde fica a Bolívia, sempre registra abalos sísmicos, mas nem todos são sentidos aqui no Brasil. Isso porque a magnitude do terremoto não é o único fator para que o tremor seja sentido: importa também a distância focal do abalo sísmico. 

No caso que aconteceu nessa segunda-feira, o terremoto ocorreu há 555 km  de profundidade. De acordo com o técnico em Sismologia do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo, José Roberto Barbosa, quanto maior a profundidade, maior o impacto na superfície.

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