Programa Conexões discute os riscos do uso excessivo de medicamentos
Órgãos como a Organização Mundial de Saúde e a Sociedade Brasileira de Infectologia contraindicam o uso de medicamentos sem eficácia comprovada
Em fevereiro de 2020, quando surgiram os primeiros casos confirmados de covid-19 no Brasil, pouco se sabia sobre a doença, sobre a origem do vírus e os tratamentos mais eficazes. A partir desse cenário, várias apostas sem comprovação científica sobre como prevenir e curar a doença começaram a circular. Com isso, o uso de diversos medicamentos começaram a fazer parte da rotina de várias pessoas.
Em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde lançou o aplicativo TrateCov (já fora do ar) que orientava médicos e pacientes a usar um coquetel de remédios sem eficácia comprovada cientificamente no tratamento ou prevenção da covid-19, como como hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina e nitazoxanida. Órgãos como a OMS, Organização Mundial de Saúde, e a SBI, Sociedade Brasileira de Infectologia, contraindicam o uso desses remédios, uma vez que o estudo que deu origem a essa alternativa não foi testado em humanos em larga escala.
Para discutir o uso destes remédios, o programa Conexões recebeu a professora Mariana Gonzaga da Faculdade de Farmácia da UFMG, doutora em farmácia hospitalar e membro do conselho científico do Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos.
Produção: Flora Quaresma, sob orientação de Luiza Glória
Publicação: Alexandre Miranda, sob orientação de Luiza Glória