Institucional

Química cria comissão para estudar medidas de reforço à segurança

Chefe do Departamento reitera desconhecer indícios de que laboratórios sejam usados para processar drogas ilícitas

Rubén Dario (em pé) durante a reunião com a comunidade do Departamento de Química
Rubén Dario (em pé) durante a reunião com professores e técnicos do Departamento de Química Foca Lisboa / UFMG

Professores e servidores técnico-administrativos participaram nesta terça-feira, dia 4, de reunião ampliada da Câmara do Departamento de Química do ICEx para discutir estratégias de reforço à segurança e controle de acessos aos seus laboratórios. A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando suposto uso dessas estruturas para o processamento de drogas ilícitas.

Após a reunião, que contou com a participação de cerca de 40 pessoas de várias áreas, o chefe do Departamento de Química, Rubén Dario Sinisterra Milan, reiterou que “desconhece quaisquer indícios da utilização de seus laboratórios e insumos químicos para a produção de drogas”. Ainda de acordo com ele, o Departamento mantém e vem aprimorando o controle de acesso a suas instalações e insumos.

Atuação preventiva
Durante a reunião, foi definida a criação de comissão para propor medidas de reforço à segurança em duas frentes: operacional, por causa do manuseio de substâncias perigosas, e física, com ações para controle de acesso. Três professores e dois técnicos-administrativos vão compor a comissão, que começará a trabalhar imediatamente. “Estamos atentos, atuamos preventivamente e colaboramos para que os fatos noticiados sejam esclarecidos a contento”, informa o professor Rubén.

Segundo ele, existem laboratórios em operação em vários prédios que abrigam atividades do Departamento de Química. No edifício central, onde há controle de acesso por catraca, funcionam 78 laboratórios de pesquisa. No anexo 1, onde ocorrem aulas práticas em 32 laboratórios, o controle é feito com chaves. “Apenas professores e técnicos responsáveis têm as chaves dos laboratórios”, afirma o professor. O anexo 2 congrega equipamentos de infraestrutura do Departamento, com acesso pelo prédio principal (com catracas).

Outras estruturas funcionam em prédios específicos: os laboratórios de Ensaios de Combustíveis (LEC) e de Reações Especiais, além do entreposto, que armazena resíduos, solventes e reagentes sólidos. “Neles, há também controle rígido de chaves”, assegura o professor.

De acordo com Rubén Dario, várias medidas foram tomadas nos últimos anos para aumentar a segurança nas instalações do Departamento. “Entre outras, instalamos câmeras e catracas, ampliamos a presença de porteiros na entrada do prédio e nos estacionamentos, restringimos festas e confraternizações e acompanhamos as atividades realizadas no período noturno em função das necessidades de pesquisa”, enumera o chefe do Departamento.

Com mais de 50 anos de existência, o Departamento de Química possui 42 grupos de pesquisa e já depositou 251 patentes, oito delas licenciadas para a indústria. Desenvolve 18 projetos –  em parceria com grandes empresas, agências de fomento e órgãos públicos, como as polícias Civil e Federal –, em áreas como tecnologia ambiental, química forense, novos materiais para a indústria mineral, reutilização de rejeitos e materiais fotossensíveis.