Arte e Cultura

Residências artísticas resgatam memória e imaginário

Atividades do Festival de Inverno vão estimular a produção de narrativas individuais e de microcontos sobre o universo do Centro Cultural

Inseridas no tema Memória: arte e patrimônio, as 16 oficinas e residências ofertadas no Festival de Inverno da UFMG deste ano propõem o resgate da história em diferentes formas de expressão artística e cultural. Na Residência em artes cênicas – reinventa: narrativas de si, o participante tem a oportunidade de explorar a escuta e o relato de histórias, com base na memória individual e social e em exercício teatral de narrar memórias e situações e promover a troca de experiências, conhecimentos e informações com os demais participantes, sob a perspectiva da subjetividade. 

Segundo Neise Neves, que junto com Léo Quintão (ambos integram a Cia. Pierrot Lunar) é responsável pela atividade, o curso parte da perspectiva das narrativas individuais, em um exercício de resgate da memória pessoal e social, aliadas a dinâmicas da área da interpretação. "Compartilhando a história pessoal, mantemos vivos valores e sentimentos, que são elementos que nos unem como pessoas e como sociedade", afirma Neise. Na residência serão aplicadas técnicas de interpretação, improvisação, expressão vocal e corporal, associadas a dinâmicas narrativas e de integração com o grupo, por meio de jogos cênicos. A atividade é destinada a pessoas com mais de 40 anos, e os alunos selecionados devem utilizar roupas leves e confortáveis.

Fragmentos
Na Residência em literatura – fragmentos de memória: arte e patrimônio, os alunos vão produzir microcontos ficcionais sobre o tema memória, arte e patrimônio, tendo como objeto os 30 anos de história do espaço que abriga o Centro Cultural UFMG e de seu entorno. 

A professora da Faculdade de Letras Sônia Queiroz, que vai ministrar a residência, explica que a atividade pretende explorar o tema do patrimônio artístico e cultural no subgênero dos contos de curta duração sob a percepção do imaginário. “O foco está na região do hipercentro de Belo Horizonte, onde estão o Centro Cultural UFMG – que completa agora 30 anos em atividade – e, entre outras, a antiga Rua do Comércio, a Rua Caetés, a Praça da Estação. Vamos abordar também a história do próprio espaço histórico ocupado pelo Centro Cultural", informa. 

Ao fim da atividade, será realizada a edição em tipografia de uma seleção dos textos produzidos na residência, com a participação do Coletivo 62 Pontos, de pesquisa e produção gráfica. São dez vagas em oferta, abertas a contistas e poetas, com ou sem publicação, interessados na experimentação literária. A classificação é de 18 anos.

Memória e imaginário sobre espaço do Centro Cultural UFMG são tema de residência artística em Literatura durante Festival de Inverno
Centro Cultural UFMG inspira residência artística em literaturaCentro Cultural UFMG / Facebook

As duas residências ocorrem no Centro Cultural UFMG, de 15 e 19 de julho. As inscrições devem ser feitas por meio do site da Fundep, ao custo de R$ 20. A programação e outras informações sobre o evento podem ser consultadas neste site.

Renata Valentim