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​Retrospectiva 2017: o ano em que as pressões econômicas influenciaram as políticas ambientais

Enquanto Brasil tentou liberar a mineração em área de reserva ecológica​, EUA anunciaram saída do Acordo de Paris

Vista de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, atingida pela lama da barragem da Samarco
Vista de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, atingida pela lama da barragem da Samarco Agência Nacional de Águas

Em 2017, o esforço global para salvar o planeta praticamente foi por terra após um dos países que mais poluem, os Estados Unidos, anunciarem a saída do Acordo de Paris. Argumentos econômicos também levaram o presidente brasileiro Michel Temer a publicar em agosto um decreto que extinguia a Reserva Nacional de Cobres e Associados. O propósito? A exploração privada de minerais que são abundantes na região. Acusado de ceder a interesses comerciais, Temer recuou.

O meio ambiente também esteve na mesa de negociações políticas. Para agradar a bancada ruralista no momento em que a Câmara discutia denúncia contra o presidente, um decreto assinado por Temer, em setembro, perdoou multas de crimes ambientais.

O rompimento da barragem da Samarco em Mariana completou dois anos. Mas a maior tragédia ambiental brasileira está longe de um desfecho. Ninguém foi punido e os atingidos pelo desastre ainda batalham para receber as indenizações. Ao mesmo tempo, a empresa obteve em dezembro as primeiras licenças para voltar a operar na região. Relembre isso tudo em mais uma reportagem da Retrospectiva 2017.

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