Institucional

Roda de conversa debate saúde da mulher indígena

Evento será realizado nesta terça, na Escola de Enfermagem

Indígenas em atividade do 'Domingo no campus': programação busca valorizar presença de representantes dos povos originários na UFMG
Indígenas em atividade do 'Domingo no campus': programação busca valorizar presença de representantes dos povos originários na UFMG Foto: Raphaella Dias | UFMG

A Escola de Enfermagem, no campus Saúde, vai sediar nesta terça, dia 18, a partir das 18h30, uma roda de conversa sobre saúde da mulher indígena. As convidadas são Bruna Pataxó, Sheila Pataxó, Geovania Xacriabá, Jaqueline Xacriabá, Maria Teresa Pankararu e Naraynam Pataxó Hãhãhã. O encontro, que dá continuidade à programação do Abril Indígena na UFMG, é organizado pela Liga Acadêmica Integrada de Cuidado à Saúde da Criança, do Adolescente e da Mulher e pela professora da Escola de Enfermagem Érica Dumont, diretora de Políticas de Apoio a Projetos de Estudantes da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae)

A programação foi aberta na última sexta-feira, dia 14, com a mesa-redonda Presença indígena no ensino superior: reflorestando a universidade. A promoção do Abril Indígena é da Universidade, por meio da Prae, e do Coletivo Indígena da UFMG.

“A programação de abril, que é historicamente protagonizada pelos estudantes, marca a valorização da presença indígena na UFMG, na forma de ocupação física e epistemológica. Os estudantes indígenas são parte da comunidade acadêmica e ampliam nossa atuação institucional, questionando nossos modos de produzir conhecimento e complexificando as práticas de pesquisa, extensão e a reflexão sobre a atividade docente”, afirma a diretora de Ações Afirmativas da Prae, Paula Gonzaga.

Dívida histórica
Para Paula Gonzaga, que é professora da Fafich, ampliar o direito dos indígenas ao acesso à universidade e viabilizar sua permanência “implica reconhecer uma dívida histórica que se mantém atual”, e a presença deles “potencializa toda a comunidade universitária e nos convoca a pensar que a UFMG, assim como todo o Brasil, é território indígena”. A diretora ressalta que os estudantes indígenas são protagonistas nas proposições de atividades que compõem o Abril Indígena na UFMG.

A UFMG tem hoje cerca de 200 estudantes indígenas: 140 na Formação Intercultural para Educadores Indígenas (Fiei), 50 que ingressaram em vagas suplementares em 10 cursos de graduação e mais 10 alunos de pós-graduação.

Filmes e caminhada
De 24 a 28 de abril, sempre à noite, a Praça de Serviços do campus Pampulha será palco de uma mostra de produções audiovisuais de estudantes indígenas da UFMG. Parte deles estará no Acampamento Terra Livre, em Brasília – mobilização de povos de todo o país pelo reconhecimento dos direitos indígenas –, e os debates serão comunicados às pessoas reunidas na Praça.

Uma caminhada com os estudantes do Fiei, no campus Pampulha, está programada para terça, 25, com saída às 14h. O objetivo é promover a recepção dos estudantes indígenas, em parceria com a Tenda Viver UFMG, iniciativa semestral de acolhimento aos calouros. 

O Abril Indígena deverá se estender até o mês de maio, com uma noite cultural e um seminário sobre direitos indígenas.