Secretaria estadual de saúde investiga mortes com suspeita de febre amarela
Febre amarela é uma doença hemorrágica, causada por um vírus e transmitida por mosquitos, tanto em áreas urbanas quanto em regiões silvestres
Três homens morreram nesse fim de semana, em Belo Horizonte, com suspeita de febre amarela, e outras três mortes foram confirmadas, na última quinta-feira, 11 de janeiro, pela Secretaria de Estado de Saúde, em Minas Gerais. Entre casos confirmados no fim de 2017 e no início deste ano, já são 11 mortes no estado. A febre amarela é uma doença hemorrágica, causada por um vírus e transmitida por mosquitos, tanto em áreas urbanas quanto em regiões silvestres.
“No Brasil, há muitos anos, não é registrada a febre amarela nas cidades. A doença ocorre mais em regiões de matas. Mas, com as mudanças demográficas, diminui-se a mata, as regiões vão ficando muito próximas e o risco aumenta”, explicou Dirceu Greco, médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina da UFMG, em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 16 de janeiro.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, o número de casos registrados em humanos e em animais em 2017 foi o maior em décadas. Casos foram identificados em outras cidades de Minas Gerais e também em estados como Rio de Janeiro e São Paulo.
Dirceu Greco afirmou ainda que, apesar desse avanço, não há motivo para pânico. “Em primeiro lugar, felizmente a vacina é altamente eficaz. Em segundo lugar, dentro de Belo Horizonte, a maior parte dos casos relatados veio de fora porque há na cidade um hospital altamente preparado para receber os pacientes e lidar com esses casos”, disse.
Segundo o professor, a principal medida a ser tomada pelas pessoas que ainda não se vacinaram contra a febre amarela é procurar um posto de vacinação para se imunizar.