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Seminário discute 'efeitos do golpe de 2016'

Na quarta e quinta-feira, especialistas vão analisar os desdobramentos do impeachment em áreas como política, educação e saúde

Manifestantes na Esplanada dos Ministérios durante o processo de votação do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados
Manifestantes na Esplanada dos Ministérios durante votação do impeachment na Câmara dos Deputados Divulgação Vitrine Filmes/O Processo

O Sindifes e a Apubh realizam nesta quarta, 4, e quinta, 5, o seminário Foi golpe!, com o objetivo de discutir e compreender as implicações do "golpe parlamentar de 2016”, seus desdobramentos e consequências para a sociedade. "Trata-se de um tema fundamental para a vida de todos os brasileiros, e será uma ocasião para começarmos a debater os impactos que o golpe gerou", resume Maria Stella Brandão Goulart, presidente da Apubh e professora do Departamento de Psicologia da Fafich. 

Idealizado pelos professores Vera Menezes, da Faculdade de Letras (Fale), e pelo professor Luiz Carlos Villalta, do Departamento de História da Fafich, o evento discutirá "os efeitos do golpe" na educação, na ciência, na tecnologia, na linguagem, na história, na política, nos direitos e na saúde. Segundo Villalta, o seminário foi motivado pelas iniciativas de criação de cursos para refletir sobre os desdobramentos do impeachment de Dilma Rousseff em várias universidades do país. 

A palestra Efeito do golpe na universidade, ministrada pela deputada Maria Margarida Martins, ex-reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora, abre a programação que será composta de quatro mesas temáticas – Os efeitos do golpe na educação, ciência e tecnologia; Os efeitos do golpe na linguagem; O golpe de 2016: história, política e direitos; e Os efeitos do golpe na saúde – e pela aula-show da professora Miriam Hermeto, do Departamento de História da Fafich.

Sobre a mesa que discutirá "os efeitos do golpe" na linguagem, a professora Vera Menezes explica que a intenção é abordar a linguagem criativa dos protestos nos quais diversos suportes são utilizados - do computador até a própria pele por meio das pinturas corporais. “Existe uma brincadeira com a linguagem para denunciar o golpe”, diz a professora.

Na mesa O golpe de 2016: história, política e direitos, o professor Rodrigo Patto Sá Motta, do Departamento de História da Fafich, vai comparar o atual cenário político com outras crises e disputas políticas semelhantes. “Também falarei sobre o impacto da crise sobre o conhecimento da história, tanto na sua produção quanto no seu ensino”, antecipa Sá Motta.

Segundo a professora Maria Stella Goulart, os participantes da mesa Os efeitos do golpe na saúde vão analisar a relevância do Sistema Único de Saúde (SUS) na vida de cada brasileiro. “Já é perceptível um corte de repasses. Existe o risco da precarização e da privatização do SUS”, afirma a professora.

O seminário Foi Golpe! será realizado no auditório do CAD 2, no campus Pampulha. A abertura será nesta quarta, às 9h, e não há necessidade de inscrição prévia. Para visualizar a programação completa e obter mais informações, acesse a rede social do evento.