Sônia Soares e Simone Cardoso iniciam novo mandato na direção da Escola de Enfermagem
Em cerimônia na noite desta quarta, 5, foram destacadas a “gestão corajosa” nos últimos quatro anos e a responsabilidade após mais uma votação expressiva da comunidade
![Foca Lisboa | UFMG Sônia Soares (à esquerda) e Simone Cardoso: primeira gestão reconduzida na Escola de Enfermagem](https://ufmg.br/thumbor/ZpQ3I-aJ1GRgFfgAgvLZ0Ea8d0o=/0x0:6212x4142/712x474/https://ufmg.br/storage/3/9/0/8/39089e2966bb16edd41d916cd59fa904_16650778060075_383294522.jpg)
As professoras Sônia Maria Soares e Simone Cardoso Lisboa Pereira foram reempossadas nos cargos de diretora e vice-diretora da Escola de Enfermagem da UFMG na noite desta quarta-feira, 5 de outubro, em solenidade realizada no auditório da Unidade. O momento é histórico: é a primeira vez na Escola que gestores são reconduzidos.
O evento, que contou com a presença de professores eméritos, servidores, alunos, diretores de outras unidades e familiares, também foi transmitido no canal da Escola de Enfermagem no YouTube, onde poderá ser assistido a qualquer tempo.
![Foto: Foca Lisboa | UFMG Sandra Goulart:](https://ufmg.br/thumbor/b6UuFzEeKY563zVuJGfx1kOemEs=/38x228:3394x5367/352x540/https://ufmg.br/storage/c/6/1/6/c6168fe811a5ac5b9fa986a4cb143416_16650779035188_1548411450.jpg)
A reitora Sandra Goulart Almeida destacou o êxito, zelo e empenho com que as diretoras conduziram a gestão 2018-2022 e agradeceu pela parceria, solidariedade e pelo apoio. “Registro não apenas o trabalho impecável das professoras Sônia e Simone, mas também a lealdade institucional e o espírito coletivo diante do período mais difícil na história da nossa UFMG. A Universidade é preciosamente feita de pessoas que, como elas, se esmeram em dedicar anos valiosos de suas trajetórias acadêmicas ao interesse coletivo, muitas vezes com grandes sacrifícios profissionais e pessoais. Que sigamos fortalecidos na nossa união para continuar construindo a Universidade de excelência, de referência e solidária que queremos”, enfatizou.
A difícil situação das universidades federais também foi lembrada no discurso de Sandra Goulart , que mencionou os bloqueios orçamentários e os sucessivos cortes impostos ao longo dos anos. “Esses cortes reduzem a atuação das universidades como agentes mitigadores do aumento das condições de vulnerabilidade de nossa população, que tem sido fortemente afetada pela pandemia da covid-19 e pela crise econômica”, disse a reitora. Ela argumentou, ainda, que cortes dessa natureza se configuram como uma forma de cerceamento do direito constitucional da sociedade brasileira ao acesso à educação pública de qualidade, base para o exercício pleno da cidadania e para a vivência democrática.
![Foto: Foca Lisboa | UFMG Kleyde Ventura:](https://ufmg.br/thumbor/rAXbxkj3MLwCb3cY1dRlYhmwrNs=/635x0:3056x3715/352x540/https://ufmg.br/storage/f/4/a/2/f4a2d135bd3543d3a9b09ac22ce66a1c_1665078133822_1549531550.jpg)
Coragem e ousadia
Responsável pelo discurso de homenagem às diretoras, a professora Kleyde Ventura de Souza falou sobre a importância de momentos que marcam passagens, mas que nem sempre são simples. Fez referência à pandemia da covid-19 e aos desafios enfrentados. “Sônia e Simone, obrigada por se manterem aqui, por serem resistência e presença em tempos tão difíceis. Fizeram uma gestão negociada, pactuada, com coragem. A Universidade, a Escola e outras unidades não nos deixaram esmorecer, e é por isso que conseguimos voltar.”
Kleyde ressaltou, ainda, que a escolha da comunidade acadêmica por Sônia e Simone não foi ao acaso: foi construída, difícil, pensada e valorizada. “Temos uma dupla que passou pelo máximo da atenção de fazer gestão universitária. Nesse período de pandemia, marcado por tensão e aprendizado de novas formas de fazer, elas foram ousadas, pondo os projetos coletivos à frente dos individuais,” ressaltou.
Mudança de planos
A professora Sônia Soares, que é vinculada ao Departamento de Enfermagem Básica, lembrou que, no início da gestão, em 2018, foi elaborado um programa com planos e sonhos para a Escola, mas, com a pandemia, foi preciso rever as propostas para o ensino, a pesquisa e a extensão. “Para nós, diretoras, foi essencial adequar os processos para reduzir danos pedagógicos e riscos à saúde pública, garantindo a manutenção de uma educação em nível superior de qualidade e segura”, declarou.
![Foto: Foca Lisboa | UFMG Sônia Soares:](https://ufmg.br/thumbor/l-LSmzzCkMxzM_0fzBeLwZyqkUc=/210x250:3730x5650/352x540/https://ufmg.br/storage/f/2/7/5/f2759fb9d03be636a5e7d8ba6fbb4d1b_16650780224902_839287707.jpg)
Ela destacou a criação do polo de vacinação contra a covid-19 na Escola de Enfermagem, projeto institucional de extensão em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte, como uma experiência singular. “Como instituição pública de ensino, a Escola, ao atuar como polo de vacinação na campanha de enfrentamento da pandemia, demonstrou seu compromisso com a sociedade, contribuindo para ampliar os indicadores da vacinação no país”, disse Sônia, que forma, com Simone Cardoso, a primeira dupla de gestores de cursos diferentes da Escola (Enfermagem e Nutrição, no caso).
Ao citar realizações administrativas de sua gestão, Sônia Soares destacou a criação e consolidação do Departamento de Gestão de Serviços de Saúde, o mapeamento do processo de trabalho de servidores técnico-administrativos, com assessoria da Fundep, a revitalização de espaços internos da Escola, a busca por recursos financeiros, a criação do Projeto Florir a Escola de Enfermagem – parceria com o setor de áreas verdes da UFMG – e a renovação de servidores docentes e técnico-administrativos.
Inclusão e sustentabilidade
A diretora informou que os planos para o próximo quadriênio incluem desenvolver ações para consolidar a internacionalização da Escola, manter os programas de apoio a grupos vulneráveis, levar conhecimento a cada vez mais jovens e estimular o espírito da solidariedade entre os alunos. Ela comentou que o cenário "exige sensibilidade para acolher a diversidade e pôr em discussão temas centrais relacionados à gestão acadêmica", como a defesa da autonomia universitária e da sustentabilidade orçamentária, ações afirmativas, inclusão e acessibilidade, internacionalização, políticas de mobilidade acadêmica e de qualificação dos servidores docentes e técnico-administrativos, sustentabilidade econômica, social e ambiental.
“A Escola de Enfermagem aproxima-se de completar 90 anos de existência, e podemos sentir a nossa maturidade e ao mesmo tempo reconhecer o cumprimento da missão de formar, com excelência, enfermeiros, nutricionistas e gestores de serviços de saúde, sempre apoiados em preceitos éticos, em sólida base científica e humanística e comprometidos com a transformação social. Com o reconhecimento nos cenários nacional e internacional, lançamos os alicerces para um futuro que promete ainda mais realizações. Com certeza, temos agora maior responsabilidade e compromisso institucional, pois, mais uma vez, recebemos votação expressiva da nossa comunidade”, concluiu Sônia Soares.