Fantasias comuns no carnaval desrespeitam pessoas negras e indígenas
Uso de pinturas corporais para simular a pele negra e de adereços sagrados para representar pessoas negras e indígenas é desrespeitoso
![Robson Vasconcelos/ Prefeitura de Belo Horizonte/ Divulgação Carnaval é marcado por debates em Belo Horizonte](https://ufmg.br/thumbor/C2AGWbR8y5zmlM2iD7mkVJRzq5Y=/0x0:1026x685/712x474/https://ufmg.br/storage/3/7/7/e/377e3b60050c37c2a6f589e52b34a2bb_15178425010365_609960700.jpg)
A tradição de se fantasiar no carnaval é tão antiga quanto a própria folia, que tem suas raízes ainda no começo da colonização brasileira. Entretanto, com o passar do tempo, novas reflexões sobre costumes que durante muito tempo foram vistos como normais vieram à tona. O uso de pinturas corporais para simular a pele negra e de adereços sagrados para representar pessoas negras e indígenas é desrespeitoso, avaliam especialistas.
Fantasias que retratam de forma pejorativa negros e índios e até mesmo pintura corporal para simular a cor de pele – a blackface – são práticas consideradas desrespeitosas, por diminuírem o valor de negros e indígenas como seres humanos. No caso dos indígenas, o uso do cocar traz outro viés: os adereços são considerados sagrados para diversas etnias, sendo utilizados em rituais religiosos.