Violência contra a mulher aumenta durante a pandemia
Pesquisadoras do Nepem e da Clínica de Direitos Humanos analisam o fenômeno em reportagem especial da TV UFMG
No ano de 2020, a presença constante dos agressores dentro de casa tornou-se um segundo desafio para diversas mulheres em todo o país: elas tiveram mais dificuldades de denunciar e receber atendimento por causa dessa proximidade maior ou da impossibilidade de sair de casa.
Ainda assim, principalmente durante o período mais rígido do isolamento social, as denúncias de violência contra a mulher no 190 e no Disque 100 aumentaram, indicando também um crescimento na subnotificação. De acordo com a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), sem contar os registros virtuais, foram 105.821 denúncias oficializadas, distribuídas entre todas as categorias de violação dos direitos das mulheres.
Os dados da ONDH, que foram divulgados em 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, mostram que a igualdade de gênero ainda tem um longo caminho a percorrer. Em reportagem especial da TV UFMG, pesquisadoras da Clínica dos Direitos Humanos e do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher (Nepem) falam sobre causas e consequências desse fenômeno e sobre as medidas que devem ser tomadas para a erradicação dessa forma de violência.
Entrevistadas: Luciana Andrade (pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher da UFMG) e Andressa Martins (advogada orientadora da Clínica dos Direitos Humanos da UFMG)
Equipe: Vitória Fonseca (produção), Otávio Zonatto (edição de imagens), Ruleandson do Carmo (edição de conteúdo) e Bruna Araújo (videografismo)