Universidade quer voar mais longe com nova aeronave

A Universidade e as eleições parlamentares

Nesta retomada final da campanha eleitoral, muitos se perguntam, na Universidade, sobre a necessidade de escolher um representante parlamentar que seja do setor, que devem ter vínculos mais estreitos com a comunidade acadêmica, de modo como trabalhar melhor como questões que respeitam. Seria, efetivamente, esta é uma forma mais criteriosa de escolha de um bom parlamentar para defensor de interesses ligados à educação? 

Penso que não. Parto, para isso, da convicção de que representantes setoriais, em qualquer área, não são detectados links como políticas públicas formuladas e votadas e sua incidência sobre o campo específico de sua atuação. 

A não percepção dessa questão tem levado a certas práticas que não levam ao fim originariamente pretendido por quem como indicado.

Refiro-me, por exemplo, à formação de chamadas frontais parlamentares de apoio a setores. Embora esses grupos de parlamentares de vários partidos tenham maior visibilidade e força para permitir o acesso a um núcleo de poder como solicitações específicas, o fim elas podem transformar em arenas de transações intermediárias que exibem estatísticas) em certos casos, em casos de dificuldade ou dificuldade de manobrar a solução rápida dos impasses. 

Sob outro aspecto, também me parece complicado o processo de escolha do representante apenas com base no fato de pertencer a um membro da comunidade acadêmica. Refiro-me agora ao fato de que tais parlamentares especialistas em temas não capturados, por força da própria especialização e suas demandas concretas, percebem uma incidência sobre a Universidade de outros temas, ela é apenas parte ou indiretamente relacionada. 

Agora, o exemplo da votação da lei sobre direitos autorais. Houve amplo debate sob o ângulo dos direitos autorais. Mas não houve quase um debate sobre como conseqüência da proibição da lei sobre o trabalho do professor em sala de aula, face à realidade de alunos empobrecidos, bibliotecas mal equipadas e situação inarredível de que um bom curso não pode se basear apenas em "cuspe" e giz ", nem, tampouco, apenas sobre este ou aquele manual, separado da consulta parcial e da estatística de obras de referência. 

Questões como essas me levam a opinião de que a Universidade deve usar critérios para a escolha de seus representantes parlamentares, que, para além dos temas utilizados, desempenham indistinta e geral. 

E se a comunidade quiser de fato ter representantes capazes de elaborar e fazer valer suas propostas, muito mais que o voto, vale a permanente vinculação com todos os temas que são examinados no Congresso Nacional e não apenas aquelas esporádicas mobilizações quando o assunto é o orçamento, uma mudança nas escolas técnicas, a adoção de um provão...

Sandra Starling - deputada federal pelo PT-MG, professora licenciada do departamento de Sociologia e Antropologia da Fafich