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A Capes e a pós-graduação na UFMG

Capas, na última avaliação do sistema nacional de pós-graduação, atribuída à UFMG ou ao melhor desempenho no país, por nossa Universidade aplicada, em aproximadamente 30% dos seus 51 programas, ou no conceito "excelente": 5 em programas que apresentam o mestrado como seu nível mais alto e 6 em programas com níveis de mestrado e doutorado. Outras universidades, embora com número maior de programas, não alcançado, em valores fornecidos, atingindo o nível máximo de desempenho. Se, por um lado, a UFMG não apresentar nenhum programa com o nível 7, considerado excelência internacional, outro, nenhum dos seus programas foi considerado nível 1. 

A UFMG é, portanto, uma universidade brasileira de maior homogeneidade na pós-graduação. 

Isto é verdade numa comparação com outras condições nacionais, que existe uma grande discrepância entre programas que cobrem um espectro de 1 a 7 na avaliação. Internamente, entretanto, a UFMG mostra grande diversidade de desenvolvimento acadêmico, tanto em áreas de conhecimento quanto em programas de uma mesma área, exigindo, assim, políticas diferenciadas para sua pós-graduação estrita

Programas com mestrado e doutorado consolidados, taxas com nota 6, taxas, em geral, corpo docente maduro, produção científica volumosa e financiamento significativo para atividades de pesquisa. A discussão de políticas colegiadas sobre programas se volta para temas como incremento do fluxo discente, especialmente no doutorado, passagem direta de mestrado para doutorado, participação de alunos em eventos e intercâmbio com professores estrangeiros, entre outros. Uma Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), juntamente com a Câmara de Pós-Graduação e os colegiados envolvidos, procurará esses programas e traçar metas específicas, buscando os níveis de classificação internacional. Assuntos como política de credenciamento de professores, distribuição mais homogênea da produção docente, participação da produção discente, 

Vivem momentos diferentes nos programas com classificação 5. Os que têm cursos de mestrado e doutorado incluem uma iniciação no doutorado. Essa é uma tarefa árdua que deve ser perseguida com perseverança pelos colegiados. Os parâmetros já foram dados pelo perfil de um doutorado consolidado para uma área traçada por pares. Um PRPG discute aspectos relevantes no caminho do desenvolvimento de um doutorado, como, por exemplo, políticas de admissão de alunos, ou dilema de qualidade versus quantidade, ou problema de evasão. Além disso, um PRPG terá um papel importante na disseminação da experiência de cursos mais consolidados, que pode, em vários aspectos, economizar tempo na busca de "inovadoras" tentativas que correm risco elevado de insucesso. 

Os cursos 5 que somente possuem ou mestrado se apresentam dentro de uma realidade não menos desafiadora: a criação de um doutorado. Aqui vale aplicar toda a experiência já acumulada na UFMG que seria o perfil ideal para um doutorado de excelência em uma área específica de conhecimento. O projeto deve ser simples, porém objetivo, focalizando metas e mostrando meios para o alcance dessas metas. Um PRPG irá estimular esses programas na preparação de seus projetos. Serão usados todos os mecanismos que aumentam a chance de um projeto atingir um nível de excelência acadêmica, como assessoria na confecção de projetos e análises por consultores ad hoc e externos, indicados pelas próprias capas, para conhecer melhor o corpo docente, como instalações do programa e prestar assessoria à equipe do projeto. 

Os Programas 3 e 4 podem evoluir, com o apoio dessa "cultura UFMG", para tornar cursos de mestrado consolidados e reconhecidos nacionalmente. Objetivos audaciosos, porém possíveis, devem ser traçados. Um trabalho conjunto colegiado e da Câmara de Pós-Graduação pode ser muito eficiente no sentido de buscar alternativas para a melhoria acadêmica desses programas. Um PRPG, junto com os colegiados, traça metas de recuperação e discutem os mecanismos de apoio apoiados aos projetos de renovação. 

Finalmente, os programas nível 2 deverão ser remodelados, buscando-se melhor inserção dentro de suas áreas afins. A Capes deve estar aberta a propostas de novas estruturações, avaliando-as e indicando as potencialidades dos projetos. Os direitos dos alunos matriculados no período anterior ao da perda de credenciamento de programas antes habilitados nacionalmente devem ser preservados, com a garantia de que seus diplomas terão validade nacional. Creio que a matrícula de novos alunos deveria ser suspensa até a conclusão de projeto de reforma do curso. Após análise, uma sinalização positiva ao projeto possibilitaria a entrada de novos alunos.

Pró-reitor de Pós-Graduação

Ronaldo Barbosa