UFMG entra nas comemorações dos 500 anos do Brasil

Reitoria aumenta valor das bolsas de extensão

Equiparação com as bolsas de iniciação científica será garantida com recursos próprios

Um dos programas de campanha do reitor Sá Barreto, a equiparação das bolsas de extensão às de iniciação científica está virando realidade. A Reitoria concedeu um reajuste de 141% no valor do benefício, o que significa que os R$ 100 pagos até o ano passado saltarão para R$ 241 a partir deste ano. Os recursos virão do próprio orçamento da Universidade. 

"Essa nova política pretende valorizar todas as áreas acadêmicas, que têm o mesmo valor de formação e capacitação. Com isso, os alunos irão desenvolver projetos em suas áreas de interesse em vez de migrarem para outras só por causa de uma melhor remuneração", diz a vice-reitora Ana Lúcia Gazzola. Ela cita casos de estudantes que iniciavam um projeto com bolsa de extensão acabavam desistindo porque eram aprovados na iniciação científica.

Critérios

Mais do que um reajuste, a Proex promoveu uma reestruturação nos critérios de alocação das bolsas. Antes, havia apenas a concessão dos benefícios mediante a análise de mérito dos projetos e à quantidade de bolsas disponível. Agora, segundo o pró-reitor de Extensão Edson Correia, o orientador deverá apresentar uma proposta pedagógica do objeto de estudo, que deverá contemplar a integração ensino-pesquisa-extensão e uma atuação interdisciplinar de alunos e professores. 

A Proex também espera oficializar, através da proposta pedagógica, a inclusão de seminários, grupos de estudo, avaliação do aluno e a elaboração de uma monografia durante o desenvolvimento dos projetos. "Com essas mudanças, as bolsas de extensão deixarão de ter apenas mão-de-obra barata para permitir que os alunos realmente aprendam e cresçam cientificamente", afirma Correia.

Créditos

Os bolsistas também receberão créditos pela participação no projeto, o que será possível através da integração entre extensão e graduação viabilizada pela flexibilização curricular. A nova política também pretende ampliar a participação dos estudantes nesses projetos. A idéia, segundo o pró-reitor, é que para cada bolsista (monitor) outros cinco estagiários atuem no mesmo trabalho. Esses, no entanto, não serão remunerados: apenas receberão treinamento e créditos para o seu currículo. 

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) dispõe atualmente de 347 bolsas, das quais 200 são destinadas a 79 projetos contemplados em dezembro passado. As outras 147 são direcionadas a programas institucionais: Coral Ars Nova; Orquestra da Escola de Música, Coral da Escola de Música e Educação Fundamental de Jovens e Adultos, do Centro Pedagógico. De acordo com Correia, mais 400 bolsas podem sair este mês através de convênio com a Secretaria de Estado da Saúde.