Renovável, porém cáustico
Biocombustíveis são mais corrosivos que óleo diesel, revela pesquisa da Engenharia Metalúrgica.
Por serem compostos de fontes renováveis, os biocombustíveis são tidos como esperança ao anunciado esgotamento de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral. De acordo com a lei 11.097, de 13 de janeiro de 2005, todo o óleo diesel comercializado no país usa sua composição no mínimo 5% de biocombustível. No entanto, devido à origem recente dessa substância, ainda há casos de estudo e respeito aos seus efeitos.
Foto: Foca Lisboa |
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Óleo de macaúba é foco de pesquisas na UFMG |
Diante disso, uma empresa de engenharia metalúrgica Milene Luciano, sob orientação de Geralda Godoy e co-orientação de Vânya Pasa, do Departamento de Engenharia Metalúrgica da UFMG, resolveu estudar os efeitos corrosivos dos biocombustíveis de soja e macaúba em comparação aos diesel comum quando em contato com metais do tipo ASTM-A36, usado para fabricar tanques de reservatório para suprimentos aéreos.
Os resultados dos dois trabalhos avançados - um relacionado a soja e diesel e outro associado a macaúba e combustível fóssil -, apontados para os biocombustíveis puros (B100), são mais corrosivos para o diesel adicionado 5% desses (B5) e esses últimos mais que óleo diesel puro (B0).
Os B100 tendem a degradar o material metálico com o tempo, devido à presença de triglicérides de graxos insaturados - principalmente linoléico e linolênico - que potencializam a oxidação. Além disso, eles apresentam caráter higroscópico - capacidade de absorção de água - muito maior que os combustíveis fósseis.
Estima-se que o B100 seja 30 vezes mais higroscópico que o diesel comum. Este recurso serve como indicador de potencial corrosivo. Já sobre o diesel comum é sabido que trata da substância relativamente inerte, que produz pouca oxidação. Quando misturado ao biocombustível, ele ameniza o potencial de corrosão, já que um substância passa a ter 95% de combustível fóssil, que é menos polar e, por isso, menos reativo. Comparando os efeitos biombustíveis de soja e macaúba e seus efeitos, uma lista de variáveis que se mostra muito mais corrosiva.
Apesar dos dados captados com o trabalho, um pesquisador alerta que é cedo para indicar qual é o potencial corrosivo dos biocombustíveis implicando problemas para os veículos automotores. “Estamos na primeira etapa de uma pesquisa mais ampla. O metal utilizado para avaliar a capacidade corrosiva não é o mesmo usado em tanques de carros. Ele é característico dos reservatórios de estocagem de gases aéreos ”, destacados.
Metodologia
O estudo foi realizado com a imersão parcial de aço ASTM-A36 em recipientes com B100 e B5 de soja e macaúba. Elas ficaram submersas durante 168 horas em condições de alta temperatura e pressão de oxigênio - 100 ° C e atmosfera de oxigênio de 710 kPa (quilopascal).
“Passado esse período, está disponível o método físico-químico das substâncias químicas, a acidez, o teor de água, o índice de peróxido e a massa específica. Esses são os principais parâmetros para observar quanto degradar e quanto interferir no processo corrosivo ”, explica Milene Luciano.
Ainda de acordo com ela, a escolha da soja e da macaúba ocorreu por motivos distintos. A primeira se justifica devido à sua grande comercialização no Brasil. “O biocombustível de soja é o mais produzido e comercializado no país, em consequência da grande disponibilidade dessa oleaginosa. Ele equivale a aproximadamente 80% dos biocombustíveis comercializados ”, incluir.
O macaúba, em contrapartida, é uma oleaginosa com maior potencial comercial, pois seus frutos economizam 20% a 30% de óleo e seu rendimento gira em torno de quatro mil a seis mil quilos de óleo por hectare, o valor acima das demais oleaginosas . Seu aproveitamento tanto para despesas quanto para outras áreas, como alimentação, tente ser intensificado.
Segundo artigo 6º, inciso XXIV, da lei 11.097, biocombustível ou “combustível derivado de biomassa renovável para uso em motores de combustão interna ou, conforme regulamento, conforme regulamento, para outro tipo de geração de energia, que pode usar parcialmente ou totalmente de origem fóssil".
Reabertas inscrições para transferência e novo título
Estão reabertas, até 3 de dezembro, as inscrições ao Concurso 2011 para preenchimento de vagas remanescentes em cursos de graduação da UFMG, nas modalidades Transferência e Obtenção de Novo Título. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela internet, e o valor da taxa é de R$136.
O processo foi reaberto em função do feriado no período final do prazo anterior (3 a 16 de novembro) e do grande número de pedidos endereçados à Comissão Permanente do Vestibular (Copeve). O edital está disponível no endereço www.ufmg.br/copeve.