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Nº 21 - Ano 2019 - 25.05.2019

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Engenharia Florestal

Quase 3% do território mineiro é composto por florestas plantadas, cujo valor de produção acumula aproximadamente R$ 3,3 milhões de reais. Os dados são do levantamento Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura de 2017, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e colocam Minas Gerais como o segundo maior estado do Brasil em valor de produção florestal.

Grande parte dessas florestas plantadas estão localizadas no Norte de Minas Gerais, local com grandes plantios de produção, como eucaliptocultura. Por isso, engenharia florestal é um dos cursos sediados no Instituto de Ciências Agrárias (ICA), campus da UFMG em Montes Claros, local estratégico para estudos florestais. A região também é ponto de encontro dos biomas caatinga, cerrado e mata atlântica, o que permite o estudo de florestas de diversos ecossistemas.

Engenharia Florestal / ICA
Engenharia Florestal / ICA Lucas Braga

Para o estudante do sexto período do curso, Loïc Aymard, 23, a localização da escola é um diferencial. “Precisamos ter contato com o que estamos estudando e, aqui, nós estamos em um ambiente muito bem adaptado para a engenharia florestal. Em algumas matérias, viajamos para visitar os parques, as plantações e as empresas de eucalipto, para entender como funcionam e aprender a lidar com a questão ambiental. Como engenheiros florestais, é muito importante preservar o meio ambiente”, explica.

Loïc nasceu no Gabão, país de dois milhões de habitantes, na África Central. Ele veio para a UFMG pelo Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), criado pelo governo brasileiro em 1965 para possibilitar a vinda de estrangeiros para cursarem a graduação no País. Hoje, ele se interessa pela área da computação, que também integra a engenharia florestal: sua primeira pesquisa na iniciação científica no Laboratório de Mensuração Florestal foi sobre algoritmos e redes neurais artificiais para estimativa do volume comercial da caatinga arbórea. “Eu me sinto muito bem no Brasil, e espero continuar aqui depois de formado. Conseguir um emprego, fazer mestrado e doutorado, quem sabe? Estou muito focado na área da tecnologia e quero continuar com essa pesquisa”.

É importante não confundir a engenharia florestal com a engenharia ambiental, ofertada no campus Pampulha, em Belo Horizonte: enquanto a engenharia ambiental lida com questões como controle sanitário e manejo de resíduos, focando sobretudo o aspecto urbano, a engenharia florestal tende a lidar mais com o não-urbano, como a gestão de áreas verdes cultivadas ou preservadas, além da produção de madeira de florestas plantadas. O engenheiro florestal é responsável pelo manejo, pela proteção e pela recuperação de florestas plantadas ou nativas, com atenção à sustentabilidade e à preservação do meio ambiente.

Nos dois primeiros anos da graduação, o ciclo básico engloba química, física, cálculo e estudos botânicos. Depois, começam os estudos específicos: técnicas de cultivo de plantas, conservação e processamento de madeira, restauração de áreas degradadas, entre outros. Há diversos trabalhos de campo, com imersões nas áreas de conservação. Nas optativas, cada aluno pode escolher dentre quatro áreas principais: silvicultura (cultivo florestal), conservação da natureza (manejo de áreas degradadas e de florestas nativas), tecnologia da madeira (processamento e utilização dos produtos florestais) e manejo florestal (gerenciamento da produção florestal).


PARA SABER MAIS

Estrutura curricular https://ufmg.br/cursos/graduac...
Relação de candidatos por vaga em 2018: 12,82
Nota de corte no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2018: 656,42
Avaliação no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), em 2017: 4